O silêncio é sobre-estimado e sub-valorizado.
O silencio redimensiona, em ambos os sentidos.
Eu gosto do silêncio.
Gosto de chegar a casa e estar cinco minutos sem ligar a tv, o rádio ou ipod e sem atender o telefone. Esse silencio é o suficiente para minimizar o longo dia, os problemas e a puta da rotina.
Eu não gosto do silêncio.
Não gosto quando não tenho assunto, não gosto quando não sei uma resposta, não gosto quando é contrangedor.
Gosto do silencio.
Gosto quando faço Yoga apenas ouvindo e controlando a minha própria respiração.
Não gosto do silêncio.
Não gosto quando não me dão uma resposta, mesmo que seja a uma pergunta retórica.
O silêncio liberta-nos.
O silêncio prende-nos.
O teu silêncio liberta-me das expectativas.
O teu silêncio prende-me aos porquês.
O silêncio pode ter várias interpretações. Sem nada dizer, podemos dizer tudo!
Podemos enviar uma mensagem ao mantermo-nos silenciosos ou podemos pura e simplestemente não ter nada a dizer. Podemos ser apenas cobardes ou podemos ser muito corajosos.
Eu sou muito corajosa se não respondo àquele paspalho que não me deixa seguir a minha vida.
Tu és muito cobarde, por não me dizeres "sua paspalha, segue a tua vida!".
Não sei lidar com o teu silencio... Fico presa às minhas próprias palavras, aos passos que dei em falso ou aos passos certos que terás dado. É mais cruel o silêncio que a nua e cruel verdade.
Sem palavras, é mais facil agarrarmo-nos à mentira, às desculpas, à ilusão...
Com palavras é mais fácil libertarmo-nos e recordarmos apenas o que foi bom...
Sem palavras é mais dificil não cobrar, não insistir, não sonhar...
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