quarta-feira, 31 de março de 2010

Para ti



Porque as minhas palavras parecem pequenas quando outras escrevem exactamente o que sinto.

Falta de problemas


Continuo estranha. Não percebo porquê, mas pura e simplesmente não me apetece fazer nada. Não me apetece escrever, não me apetece falar, chego ao cúmulo de nem me apetecer estar com ninguém. Estar quietinha sem fazer nada, nem ver ninguém. Cansa-me só de pensar que tenho que arranjar assunto... mesmo com aqueles com quem há sempre assunto... Sinto-me egoísta por isso, mas a verdade é que me apetece recusar todos os convites, apetece-me rejeitar todas as chamadas, apetece-me fingir que o mundo não roda lá fora.

Também me sinto anormalmente cansada. Tenho-me deitado com as galinhas. Não vejo TV e quando me deito tento ler, mas ao fim de uma página, já estou a trocar os olhos. Acho que esta semana nunca adormeci depois das 10h...
Ontem nem uma frase consegui ler e às 9h30 já dormia...

Enfim, o meu problema deve ser a falta de problemas.

30


Faltam 2 meses (e um dia, vá), para entrar nessa linda década, mais conhecida pela década dos 30.
Há quem diga que é um período difícil, há quem diga que é quando se começa a viver.
Ainda não sei, mas em qualquer um dos casos, quero que a minha entrada seja em GRANDE!
Quero quero ter um bolo com 30 velas e não duas mixuruquinhas,  com um 3 e com um 0. Nada disso, quero ver o bolo coberto de chamas e de luz.
Quero também entrar na minha melhor forma e disposição. Há que ter fôlego para as 30 velas!
Hei-de ser uma trintona dessas todas enxutas (not, mas a esperança é a ultima morrer).
Sendo assim, tenho dois mesinhos, para perder estes malfadados 4 kilos que estão a mais, combater a puta da celulite e outros que tais.
Portanto, os próximos 2 meses serão de dieta rigorosa (sopa, sopa, sopa e uma saladinha de vez em quando), muita wii, mas daquela a sério que nos faz suar as estopinhas e doer desde a pontinha do cabelo à unha do dedão do pé, esquecer que existe elevador (só lá em casa, que aqui no trabalho são muuuuuitos andares), esquecer álcool, bolos, fritos, refrigerantes (sniff), etc etc etc.

A jornada começou ontem e já não se adivinha nada fácil. Wish me luck (and patience).

terça-feira, 30 de março de 2010

O Pipoco mais salgado

O nome do blogue, inicialmente, parecia-me piadinha demasiado fácil.
O facto de ter posts com Wishlist, também me pareceu golpe baixo.
O primeiro post pareceu-me pura e simplesmentre parvo. Já se sabe que os rapazes apostam coisas muito estúpidas e desafiam-se em coisas ainda mais, mas essa de que caso perdesse a aposta tinha que fazer um blogue durante um ano, ainda, não me convence.
Numa leitura mais atenta, acho que nos deparamos com uma sátira muito divertida e, do meu ponto de vista, o objectivo não é gozar com o blogue alheio, mas sim brincar um pouco com este mundo da blogosfera.

Vale a pena visitar O pipoco mais salgado.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Humores

Estes humores não andam bem.
Sem motivo aparente. Não tenho do que me queixar e, ainda assim, sinto-me estranha.
Não me apetecer escrever, mesmo vindo de mim, até nem é assim tão anormal, não me apetecer falar já é menos normal. Sou uma fala barato por natureza, pelo que conseguir passar um almoço inteiro calada que nem um rato, já soa um bocadinho estranho.
Anormal, anormal, é os espírito de limpeza e arrumação que imbuíu em mim. Passei o fim de semana toda a arrumar e a limpar a casa de uma ponta à outra. Chegando ao cumulo de despejar prateleiras, limpá-las e voltar a arrumá-las. Só posso estar doente!

A grande desvantagem de encomendar livros online e pedir para que sejam entregues no trabalho, é não  podermos começar a lê-los logo ali.

Acabei de receber dois e, sacanas, não param de me sorrir, aguçando a minha curiosidade.

É meio-dia e já conto as horas para ir para casa! Logo hoje que me marcaram reunião para as 18h...

sexta-feira, 26 de março de 2010

O outro lado

Nunca lhe escreveu. Tinha vergonha. Tinha medo que achasse foleiro. Cartas de amor já não estão na moda. Não queria parecer démodé, se a moda não ditava, ela não o fazia.
Escreveu-lhe mais tarde. Palavras amarguradas. Cheia de dor e de mágoa.
Escreveu-lhe mais tarde, depois de esquecer as partes boas. Escreveu-lhe mais tarde, quando o tempo já não podia voltar atrás.



Escreveu-lhe mais tarde, anos e anos depois, no dia em que se lembrou. Quando se lembrou do já esquecido mesmo quando chorado. Já esquecido, mesmo antes de terminar.

Naquele dia lembrou-se da simplicidade que pode ser a partilha de um vinho, da vontade de cuidar reflectida num mero jantar, da vontade de abraçar exposta num desejo.


Muitos, muitos anos depois é que se lembrou. Dos jantares a dois, onde nada mais fazia falta e se deixavam aquecer pelo vinho. E aquecia. O vinho e essa partilha. O jantar e essa conversa. A mesa e esses sorrisos.

Queriam tanto ouvir a mesma música, que esqueceram do Pedro Paixão. do Lichenstein e do José Riço Direitinho.
Queríam tanto crescer, que esqueceram os seus sonhos.
Queriam tanto a inteligência, que esqueceram as conversas.
Queriam tanto o orgasmo, que esqueceram o prazer.
Queriam tanto saber, que esqueceram do prazer da descoberta.
Queriam tanto o compromisso, que esqueceram do gostar.
Queriam a perfeição, que esqueceram ser eles próprios.
Queriam tanto ser namorados, que esqueceram a cumplicidade.
Queriam tanto não perder, que esqueceram a conquista.
Queriam tanto o final feliz, que esqueceram do presente.

Hoje, deu-lhe para isto. Para recordar. Para lembrar a parte boa. A parte em que eram felizes.

Já me tinha esquecido, mas esta semana deu-me para lembrar.


quinta-feira, 25 de março de 2010

Medos e medinhos


Uma das coisas que nos aterroriza e eu não sou excepção - muito pelo contrário - é falar do que sentimos.
Às vezes é fácil, um gosto muito de ti ou tenho saudades tuas, mas só porque temos a certeza certezinha absoluta sintética e analítica que é reciproco. E que vai parecer bem. E até vai ser giro.
Quando a coisa não flui de forma suave, é difícil, muito difícil. Sentimos que é uma fraqueza e que verbalizá-lo nos torna mais fracos. As fraquezas, essas, não deixam de estar lá, mas expô-las assusta-nos. Deixar as nossas fragilidades à vista de todos, ou até mesmo, apenas de quem importa, parece-nos perigoso. Como se fosse condição suficiente necessária para que nos pusessem o dedo nas feridas.
Nem sempre entendo porque um sentimento é considerado uma fraqueza. Racionalmente, em determinadas situações, até deveria ser ao contrário. Não ter um sentimento associado a determinadas acções, seria frio, leviano, demasiado inconsequente. E ainda assim, tenho medo.
Às vezes apetece-me dizer que tenho saudades. Tão só que tenho saudades. Saudades do que outrora vivi e do que outrora senti. Tão só, saudades. Mas tenho medo...

Ainda não me apetece


Isto de escrever às vezes é simples, demasiado simples.
Tanto coisa se passa à nossa volta ao mesmo tempo, que o problema não é a falta de assunto, mas sim o tempo e a capacidade das nossas mãos em acompanhar o nosso pensamento.
Às vezes, não é simples. O assunto, vindo das nossas entranhas, extenua-nos e o texto chega a ser um turbilhão de emoções e quase quase uma tortura.
Às vezes, é dificil, pura e simplesmente porque não apetece.
A mim, continua a não apetecer, o que não é nada normal e é muito pouco habitual.
A verdade é que ultimamente não me apetece mesmo nada.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Estou completamente apaixonada

Por esta música:

terça-feira, 23 de março de 2010

Frescuras


Hoje deu-me para ter peninha de mim própria, como se os meus problemas fossem verdadeiramente sérios.

Eu, que nunca soube o que é não ter trabalho, que nunca soube o que é perder alguém querido, que nunca soube o que é um problema de saúde, dou-me ao luxo de ter estas frescuras.

Já ganhei juizo e, agora, que o dia está acabar, a coisa já está a passar. Prometo que não ocorrerá, outra vez, tão cedo (vá, dentro de um ano).


PS - Obrigada P. por me teres aturado ao almoço. Soube-me pela vida, tal como o sundae de morango ;)

Há dias assim


Há dias assim, em que tudo parece mais pesado que o habitual.
Em que parece que não encontramos forças. Em que só nos apetece mandar tudo à merda e nem isso conseguimos.
Em que não somos capazes de fazer sequer conversa de circunstancia e só nos apetece gritar.
E depois, há as outras pessoas, capazes de transformar uma coisa fantástica num autentico pesadelo. Capazes de transformar algo bom, numa teia de intrigas, meias verdades e mentiras absolutas. Que fazem tudo para nos partir as pernas no momento em que acreditamos que vamos dar um passo em frente. Um grande passo. E acabam por conseguir que tenhamos apenas vontade de dar um passo atrás.
Conseguem fazer daquilo que realmente nos motiva, apenas mais um factor de desmotivação.
Há dias em que conseguimos vencer tudo isso. Conseguimos ultrapassar, ignorar e passar ao lado das desvantagens. Que conseguimos acreditar em nós próprios, a ponto de desvalorizar quem nos desacredita em beneficio próprio.
Há dias em que somos, simplesmente, mais fortes que tudo isso.
Hoje não é um desses dias...

Hoje não


Hoje não. Não me apetece.
Não me apetece escrever, não me apetece falar.
Não me apetece dar, aos assuntos que povoam a minha cabeça, a força das palavras.
Não me apetece pensar e escrever obriga a muito mais, obriga a estruturar.
Não me apetece lembrar, nem contar, nem sequer improvisar.
Hoje não, hoje não me apetece

Hoje não


Hoje não. Não me apetece.
Não me apetece escrever, não me apetece falar.
Não me apetece dar, aos assuntos que povoam a minha cabeça, a força das palavras.
Não me apetece pensar e escrever obriga a muito mais, obriga a estruturar.
Não me apetece lembrar, nem contar, nem sequer improvisar.
Hoje não, hoje não me apetece

domingo, 21 de março de 2010

"Quase sempre as mulheres fingem desprezar o que mais vivamente desejam"


William Shakespeare

sexta-feira, 19 de março de 2010

Crónicas da minha vida - As crises

Nalgum momento da nossa vida todos nós temos uma crise. Daqueles existenciais. Cheias de "porquês", "como" e "quandos". Momentos em que nos sentimos tristes ou pensativos ou deprimidos.


Este tipo de crises surge normalmente quando fazemos anos, os 30, os 40, os 50, quando casamos, quando temos filhos ou quando chega o tempo de os ter, quando perdemos algo ou alguém importante. Acho as denominadas crises acontecem nos verdadeiros marcos das nossas vidas. Tenho em mim que, ao contrário do que muitos possam pensar, sobretudo aquelas que estejam agora a passar por uma, a crise é uma coisa boa. A duvida, existencial ou não, serve unica e exclusivamente para nos obrigar a fazer um balanço. E este balanço não serve para pura e simplesmente enumerarmos as coisas menos boas. Muito pelo contrário, serve para ver o que podemos melhorar. E como. E quando.

Eu tive uma crisezinha quando fiz 25 anos. Eu sei é uma idade estúpida. A minha ficou a olhar com cara de parva para mim quando lhe falei nisto. Porquê aos 25? A verdade é que quando se começou a aproximar o meu vigésimo quinto aniversário, lembrei-me da miudinha de 15 anos, que se achava já uma grande adulta, com a sua malinha tiracolo. Nessa altura, os 25 pareciam longe. Uma distância de 10 anos. Dois terços do que tinha vivido até ali. E a verdade é que aos 15 anos, eu imaginava que aos 25 teria já TUDO. E quando os ditos chegaram, eu não tinha nada. Vivia com os pais, trabalho precário, faculdade por acabar. tudo, tudinho ao contrário. Fiz o meu balanço, assumi a minha culpa, identifiquei todos os passos errados. Redefini objectivos e tracei o meu caminho.

Agora, passados (quase) 5 anos, não tenho tudo, não senhora. Sinto que falta ainda muito e ainda bem. Mas também já conquistei muito. Curso acabadissimo, bom trabalho, apesar daquilo que me queixo, tenho noção que tenho um bom emprego, uma casa pela qual estou apaixonada (acho mesmo que é a minha paixão mais duradoura) e aquilo que tantas vezes já aqui falei, os melhores amigos e uma família fantástica.

Ainda me faltam uns mesinhos para os 30 e, se agora ainda não tive essa famosa crise, também não posso garantir que não venha a ter. Mudanças de humor bruscas é o meu forte. já para não falar nas micro crises que tenho, vá, uma vez po mês, para poder usar a famosa desculpa. Não sei, nem vou conseguir saber até lá, mas por enquanto, sou feliz e é tudo o que importa.





Este texto é para ti, que andas um bocadinho em baixo estes tempos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

O meu espaço de segurança


Alguns amigos dizem-me que sou uma "não me toques".  E têm razão.
Li algures, há muito tempo que todos temos uma distacia de segurança. Já li há tanto tempo que não tenho a certeza se conseguirei ser fiel à explicação do conceito. Tanto quanto me recordo, a distancia de segurança é aquela que cada pessoa precisa de ter de outra para se sentir segura. Há pessoas que tem uma distancia de segurança maior, outras que têm mais pequena. Ou seja, há pessoas que não gostam de grandes proximidades, outras nem tanto. Essa distancia de segurança pode diminuir à medida que a pessoa se sinta mais segura na presença da outra.
A minha distancia de segurança é grande. Demais, dizem alguns.
A verdade é que ficofrancamente incomodada com pessoas que falam perto de mais de mim. Quando não conheço ou conheço mal ou conheço mas não gosto, abomino que me toquem. Congelo.
A primeira impressão conta muito e pessoa que seja daquelas que tem que dar pancadinhas no braço enquanto fala, dificilmente terá a minha simpatia. Uma pessoa que não me conhece, porque raio tem logo que me tocar?
Com o tempo e a confiança, isto passa-me. Com os meus amigos sou a maior apologista de um abracinho (mas confesso que é recente, acho que só há pouco percebi as maravilhas de um bom abracinho vindo de alguém que nos seja querido).
Quando não conheço... exijo distancia!

Bem vinda

Em jeito de brincadeira, costumo dizer que é a minha fã número 1!
Lê-me todos os dias, sem excepção. Não comenta directamente no blogue, mas vai-me sempre dando a sua opinião. Sempre positiva...

Chegou hoje à nossa blogosfera. A Maria inicou com um texto que se adivinha tímido, de quem não está ainda habituado a estas andanças. Ainda assim, eu cá não tenho dúvidas que muitas histórias tem para contar e outras tantas estórias para encantar.

Muito bem vinda, Maria!

Available

Há uma grande diferença entre não ter uma relação e estar disponível.
Se não temos uma aliança no dedo ou a informação "comprometida" no perfil de uma qualquer rede social, não quer dizer que estejamos disponíveis.
E mesmo quando estamos "descomprometidas", quando há vista desarmada não temos namorado, não quer dizer que estejamos disponíveis.
Podemos estar a começar algo, podemos ter uma relação não-séria à qual tememos chamar relação ou simplesmente a fazer o luto de algo que acabou. Ou até absolutamente nada disto, mas apenas com alguém no pensamento.
E se um dia já dissemos sim ou mostramos querer dizer sim, a alguém, esse "sim" não tem validade vitalicia, nem a duração do tempo que permanecemos solteiras. Tem prazo de validade.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Coisas que aprendi no curso de escrita criativa

Tenho dificuldade em "sair do eu". Que dirá isso de mim?
A verdade é que é mais facil para mim escrever sobre o que conheço bem. Posso extrapolar, fantasiar, imaginar desfecho, trocar personagens, mas já pelo que escrevo aqui no blogue tinha constatado, que os meus melhores textos são os mais sentidos.
Tenho dificuldade em escrever a dois. Mais uma vez, que diz isso de mim? Nunca na minha vida tinha escrito com outra pessoa e confesso que só a ideia já me aterrorizava. Escrever ou explicar as minhas ideias em voz alta amedontra-me. Quando escrevo aqui, sei que determinadas pessoas vão ler o que escrevo, ou pelo menos, que o poderão fazer. A verdade é que não sei se o farão, quando o farão e o que irão ler. Muitas vezes, nem recebo feed-back. Assim esqueço com facilidade e consigo ser mais aberta. Sempre que me apercebo que alguém que me conhece lê o blogue, fico muito nervosa. Penso logo no que não deveria ter escrito, no que deveria ter escrito de outra forma ou no que irão pensar.
Uma característica muito comum nos meus textos é o uso da repetição. Faço-o quase de forma inconsciente, mas assumi-o como uma quase imagem de marca. Pelos vistos, faço-o bem. O "Boinas" gostou e isso deu-me segurança.
Qualquer coisa, qualquer tema, pode dar origem a um bom texto. Vi-o não tanto nos meus textos, mas no dos meus colegas e nos textos que nos mostraram. Até a falta de assunto ou falta de vontade pode dar origem a um grande texto.
Tenho muita dificuldade em escrever de forma humoristica. Só o consigo de forma muito espontanea e muito de vez em quando. Se a falar consigo ter sentido de humor, a escrever tenho dificuldade. Acho que é reflexo da minha timidez.
Finalmente, não há mesmo nada a fazer. Por mais que finja, que não queira ou que me esforce, sou e serei uma eterna romântica.

Adenda ao post anterior


Aparentemente, fui infeliz nas escolha de palavras que fiz no post anterior.
Se repararem, nota-se que o escrevi à pressa, tanto que me falham letras ou troco silabas. Talvez tenha sido por isso que tenha sido mal interpretada ou que tenha ficado com um tom mais agressivo. Não queria, de modo nenhum, ferir qualquer susceptibilidade.
O meu post não é um ataque aos blogues que gostam de falar de roupa.
É, sim, uma critica ao blogues que não falam sobre absolutamente mais nada.
Muitos dos blogues que sigo e que estão linkados aqui ao lado, são blogues que gosto genuinamente e não me incomodo quando escrevem sobre esse tipo de coisas. Muito pelo contrário, tal como escrevo mais abaixo, sinto-o como uma lufada de ar fresco. Acho piada. Considero que uma mulher verdadeiramente inteligente tem capacidade de falar de tudo, seja aquilo que é considerado como futilidade, mais ligado à parte estética, seja uma cusquisse (o mais fútil de todos os assuntos, mas o que muito nos delicia), seja um livro, um sentimento, um estado de espírito ou mesmo política. Nos blogues considero o mesmo. Os bons são os que tocam todos estes assuntos e de forma pertinente (a parte da política até dispenso, que já me chegam os jornais e os telejornais).
O que me irrita são mesmo aqueles que não conseguem encontrar absolutamente mais nenhum conteúdo e ainda assim não entendem a falta de visitas ou votos ou do que seja.


P.S. - Não tenho acesso ao Blogger, pelo que estou a escrever este post através de um e-mail. por isso, não consigo publicar os comentários que me fizeram escrever esta adenda. Quem os escreveu sabe e percebe este meu pedido de desculpas.

Outra vez os blogues

Vou mostrar que também consigo ser muito fútil, para conseguir um Samsung Diva.
Vou tentar ser muito fútil, para ficar no top do Super Blogs Award.
Vou ser mesmo muito fútil, para passarem a comer-me também, no cinema.

Não estará a ordem das coisas invertida?
Dou uma vista de olhos por essa blogosfera a fora e vejo blogues que costumo seguir atentamente, blogues muito bem escrito e blogues com conteúdo numa onda de futilidade que não se aguenta.
Tentam, pr favor, lembrar-se porque começaram a ler determinado blogue.
Apesar e ter já mencionado aquilo que se come no cinema, não vou falar de nenhum blogue especifico, mas, para mim, há blogues que só por serem efectivamente muito bons se podem dar ao luxo de falar nas roupinhas dos oscares, dos sapatos que gostam, gostariam ou gostarão de ter e da roupinha preferida.
Não são esses posts que fazem com que as vistas cheguem a números astronómicos. São os outros. Muitos vezes, complementados por um desses posts mais futeis, como que de uma lufada de ar fresco se tratasse.

terça-feira, 16 de março de 2010

Diz-me a minha experiência


Que esta é a melhor hora para postar.
Será?

Preconceitos

Sou uma mente aberta, que não cede faclmente aos estereótipos.
De tal forma que quando me soube enganada pelo o meux, consegui facilmente desculpá-lo. Defendi que ele coitadinho, pura e simplesmente, não tinha sabido o que fazer, não me queria magoar e só por isso iniciava uma relação antes de dar por terminado o acaba/não acaba da outra. Talvez no fundo, não o tivesse a proteger a ele, mas a mim própria e à imagem que tinha dele. Não conseguia admitir, na altura, que alguem que eu tanto tinha gostado tivesse tamanha falha no caractér.
De tal forma que quando ouvi opiniõse sobre apouco vestida namorada de um amigo especial, defendi-a. Não a conhecemos e se pessoa que tenho tanto em conta gosta dela, só pode ser especial. Até a ter ouvido falar e até ter conhecido o desfecho dessa historia.
Isto leva-me a pensar que racionalizar é, sim senhora, muito bonito, mas não há nada como o nosso primeiro instinto. Aquilo que eu, por tentar ser tão mente aberta, chamo preconceito, mais não é uma básica verdade.

Os problemas dos outros


É muito fácil falar, isso já todos sabemos.
É muito fácil sentirmos superiores a alguém, sentirmos que já nem temos paciência. Sentirmos que não há pachorra para os seus problemas, para a forma como os encaram, como os vivem ou como os resolvem. Sobretudo, quando estamos a léguas de os perceber.
Talvez seja normal para quem nunca tenha sofrido um problema de saúde, um problema com o chefe, com um familiar, com um amigo ou até mesmo um desgosto de amor, que tenha dificuldade em entender as dores daqueles que de alguma forma já passaram por isso.
"Não sei o que é ter um problema de saúde, por isso quero lá saber que medicamentos se tem que tomar, as dores que provocam ou, pura e simplesmente, a ansiedade que faz sentir. Não tenho qualquer ideia do que isso possa ser, nem imagino sequer e farta de lamurias estou eu."
Acho que esta é a posição de muito boa gente. Gente mimada e egoísta. Gente tão virada para o seu umbigo, tão convencida que só a sua historia é que é valida, que só os seus passos foram os correctos que não são capazes de descer do seu pedestal e perceber que nem todos percorrem o mesmo caminho, nem com os mesmos sapatos.
Pessoas incapazes de dizer "dá cá um abraço", porque só lhes ocorre o quão ridícula é a situação e como seriam muito mais racionais, ponderadas e sensatas.
Para essas pessoas, eu tenho um único desejo: que continuem na ignorância e não passem nunca por esse sofrimento que desconhecem.
Já se sabe, com os problemas dos outros podemos nós bem!

Constatação


O desprezo é um iman muuuuuito poderoso!

segunda-feira, 15 de março de 2010

O grito do Ipiranga

Às vezes tenho um bocadinho a mania que tenho que ser mártir. Não é esse o pensamento que pesa na minha consciencia, mas tudo muito bem esmiuçadinho, no fundo, no fundo, não é mais que isso.
A bem da sociedade e a mal da leviandade, estupidamente, desgasto-me com coisas que não valeriam nunca a pena.
Hoje dou grito do Ipiranga. Acabou. Já não quero coisas complicadas, pouco lineares e pouco transparente. Mereço mais. Muito mais.
Não durou muito, mas soube bem. Agora venha o próximo e este que vá "resolver os seus problemas" bem longe!
Eu, vou só ali ser feliz e já volto!

Desamigar

Se me perguntassem há uns anos se "desamigar" existe, eu diria, prontamente e com absoluta certeza, que não. Nem o verbo, nem o acto.
Infelizmente, a vida faz questão de nos mostrar que nem sempre isso é verdade. Continuo a acreditar piamente que há amizades que são para a vida e não duvido que as poucas que tenho o serão.
Agora vejo que isso depende, unica e exclusivamente, dos seus alicerces. De tudo o que constrói essa amizade, daquilo que estamos dispostos por ela, da confiança que lhe conferimos e do valor de que damos ao que oferece essa amizade.
Infelizmente, com o decorrrer da vida, surgem, também nas amizades, diferenças irreconciliáveis cujos alicerces não suportam. Quando não fazemos nós o balanço destas coisas, da mesma forma que a selecção natural se encarrega da natureza, a vida encarrega-se de nós e das nossas amizades.
É doloroso, não digo que não. Tão doloroso que há uns tempos atrás seria incapaz de escrever sobre o assunto com tanta leviandade. Porque doía e eu tinha medo de magoar ainda mais. E digo magoar ainda mais, porque estas coisas são como os divórcios, a culpa tem duas faces e eu sei perfeitamente qual é a minha.
As verdadeiras essas permanecem e eu sei, que permaceram muitos e muitos anos. Uma vida e até, talvez, um pouco mais.

domingo, 14 de março de 2010

Amiga

Tenho muito mais a oferecer-te como amiga. Nao queiras mais, acredita em mim, este "mais" no meu caso é menos e não é nada do que queres. Nao te sirvo. Nem eu, nem os meus complexos, nem as minhas inseguranças, nem os meus traumas, nem os meus fantasmas. Também a ti te passariam a atormentar. Nao te deixes levar pela imaginação. Tudo, mesmo TUDO o que possas imaginar está bem longe da realidade. E esta realidade tu não vais querer. Tenho muito mais para oferecer como amiga. E no teu caso, só te oferecer o melhor de mim.

sábado, 13 de março de 2010

Há coisas fantásticas


Na perspectiva de poupar uns trocos e porque a vredade é que não dou o devido uso a todas as potencialidades da TV CABO, liguei hoje para lá, para reduzir serviços.
Até tinha pensado cancelar tudo, mas como me faz muitissima falta a intenet para postar, resolvi que me chegava o pacotinho mais básico de todos.
Não que voltas e mais voltas deram, que acabei por ficar com os mesmissimos serviços, 20 Euros mais barato.
Muito bom, não haja dúvidas. Mas deixa-me uma questão pertinente: há quanto tempo andava eu a ser enganada?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um dos melhores livros

que li nos ultimos tempos.


"A trança de Inês" de Rosa Lobato Faria

Crónicas da minha vida - Crónica Feminina

Já muito tenho escrito sobre nós, as gajas, mas a verdade é que nunca escrevi só para nós, as gajas.
Hoje apetecia-me escrever só para nós. Deixar o serviço publico para trás e sentar-me a uma mesinha e conversar, como faço, sempre que posso, com as minhas amigas no HRC (não me perguntem porquê, tornou-se uma tradição e para nós é quanto baste).
Que assuntos temos nós para tanto falar, sem presença masculina admitida?
Não, não falamos de roupa, nem sapatos, nem maquilhagem, que sobre isso percebo eu pouco. Até podia falar de depilações, que a necessidade aguça o engenho e até vou sabendo alguma coisa. Mas se, quando o assunto é estética e eu até sei alguma coisa, então não, nada terei nada a acrescentar de novo.
Podiamos falar de gajos, mas facilmente se conclui que não sou nenhuma expert. Além disso, desfaça-se já aqui o mito, não, não são todos iguais e é por isso que, cada um, é uma dor de cabeça. À sua maneira. Fossem todos iguais e também já não haveria muito para falar.
Podia aqui armar-me em femininista. Falar nas famosas cotas no parlamento, nos gajos que são uns machistas e por aí em diante. Mas também não, não é minha praia. Sim, nós também podemos e devemos trabalhar, em vez de ficar em casa a tratar das criancinhas (o que também não deve ser pera doce), mas, raios, a natureza fez-nos diferentes e temos que aceitar essas diferenças. Se eles são mais fortes, nós somos mais doceis. E, não me venham com tangas, que nós somos muito independentes e pardais ao ninho. Se virmos uma aranha, quantas de nós não desata aos gritos? Quantas de nós não chama o especimen masculino mais próximo para tratar do assunto?
A verdade verdadinha é que, actualmente (que nos tempos do salazar não era assim, pelo menos é o que o meu avô sempre me diz), não há um assunto exclusivo. Procuro e não encontro.
Até eles já falam de roupa e até nós já falamos de futebol (cruzes credo!).
Eles já cozinham e nós já conduzimos bem (eu sei, eu sei, não sou nenhum exemplo, mas que as há, há!).
Eles já mudam fraldas e nós já montamos moveis (do ikea).
Diferenças á parte, perderam-se as exclusividades dos sexos e, desfaçamos já aqui outro mito, não há assunto absolutamente nenhum, diferente, se estamos só entre raparigas ou não. Apenas gostamos de falar só entre nós...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Página em branco

Às vezes finjo que escrevo para ti. Os meus melhores textos foram sempre aqueles que te escrevi.

Por isso não tenho escrito. Nada de jeito, pelo menos.
A falta de contacto não ajuda. Diz o ditado popular, olhos que não vêem, coração que não sente. E, às vezes, vejo-te, mas já não te sinto. E faz-me falta sentir-te. Só assim um bocadinho, só para conseguir escrever uma frase. Com mais ou menos sentido, não sei.
Esta loucura acabaria um dia e eu sabia. Não me faz falta a loucura, digo eu, que nada sei... Mas, às vezes, só às vezes, sinto-lhe a falta.
Sair deste carreirinho de ovelhas. Sair desta vidinha. Faz-me falta a loucura para senti-la.
Outras vezes, prometo que não voltarei a fazê-lo. Não quero que me penses louca. Quero escrever e ser normal. Genial. Mas para isso, faz-me falta sentir-te. Ou sentir-me. Ou sentir o que me fazias sentir.

Magia

Sábado de manhã. Somos 16. Não nos conhecemos, nem falamos uns com os outros. Estamos demasiados preocupados em absorver toda a informação que nos é oferecida, para comnseguirmos olhar para o lado, com olhos de ver. Somos também um pouco timidos para revelar-nos mais de nós próprios.
Apresentamo-nos um a um. Maia duzia de palavras que não chegam para espelhar a nossa alma. Uns procuram aprendizagem, outros reconhecimento. Alguns acreditam msemo nisso, que serão esses quatro sabados que os salvarão da monotonia, da rotina, do comodismo e da desmotivação. Outros nem por isso, só se querem divertir.
Entre textos, youtubes e variadas estórias, pedem-nos para escrever. 15, 20 minutos, não mais. Para provarmos o que valemos.
Nesses momentos faz-se silencio. Ou quase. Ouvem-se apenas os dedos que fervorosamente batem no teclado. Não imagino o que tanto escrevem. Mas faz-se magia. Vejo-o depois, quando publicam os textos.
Naquela sala fria de hotel, onde nestes dias o sol não chega, juntam-se letras, palavras, frases que dão origem a textos fantásticos. sim em 15 minutos, às vezes 20.
Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Sou rainha nos meus textos. entre amigos, amores, desamores e familia. É assim que me tratam, quando me elogiam.
Nesta pequena sala de hotel, continuo a ter um olho, mas os que me rodeiam, têm 2 olhos e duas mãos.
16 pessoas, de formações diferentes, escondidos debaixo do manto da sobrevivência que não lhes permite escrever. É esta pequena amostra que me lembra que Portugal etá cheio de talentos. Dos bons. Só que muitos estão escondidos.

Vejam a magia de que vos falo aqui.

Viena - Parte II

Era suposto haver um Viena parte II. E houve. E, mais uma vez, com muitas aventuras.
Mas entre taxistas que não falavam Inglês, mala perdidas, greves nos aeroportos, etc etc etc, fiquei demasiado cansada e com algum mau humor, para me apetecer falar no assunto.
Não vi nada da cidade e passei dois dias enfiada numa sala numa empresa... Mas nem tudo foi mau e o que eu mais gostei da viagem foi isto:



Aparentemente, os austriacos comem nutella a toda a hora e com tudo. E que bem que me soube!

A minha bimby tem um defeito

Sempre que a vejo lavadinha, a reluzir, provoca em mim o mesmo efeito que uma folha em branco, apetece-me logo inventar.
A minha balança é que nao gosta nada!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Melancolismo

Este é capaz de ser um dos textos mais pessoais que coloco aqui e resulta de um comentario ao post anterior.
O comentario não trazia novidades, nada que nunca me tenham dito, nem nada que eu nunca tenha pensado, mas assim, escrito, preto no branco deu-me que pensar. Fez-me sentir despida, como se alguem tivesse aqui vindo e tirado a minha máscara. Já uma amiga me diz sempre e até já o pôs, também num comentario, que eu tenho, realmente, alma portuguesa. Eu, aquela que, no nosso grupo de amigas foi a única a fazer erasmus, a que tem familia nos 4 cantos do mundo, a que fala 4 linguas e aquela que melhor carrega no nosso tipico fado.
Sou melancolica quando falo de amor. E é verdade. As minhas experiencias e aquilo que vejo à minha volta, salvo raras excepções, para isso contribuem. Não acredito, essa é a verdade. Deixei de acreditar e passei a ver tudo de forma muito mais leviana. Às vezes tento acreditar, juro que tento. E quem me conhece, sabe-o. Tento-o até demais. Mas já não consigo.
A minha historia não é feliz e a dos que me rodeiam tampouco.
À minha volta só vejo traições, comodismo, pessoas com demasiado medo de ficarem sozinhas para tentarem ser felizes e por isso eu desisti.
Não me considero uma pessoa melancólica por natureza. Creio que não o sou no meu dia-a-dia. Acreduto em muitas outras coisas para o ser. Acredito na amizade, que tenho como poucas, no trabalho, mesmo quando me queixo, na familia, da qual, às vezes também me queixo e isso basta-me para ser feliz. Basta-me porque não acredito que exista algo mais.
Ainda assim, gosto de ecrever sobre sentimentos, sobre relaçõse, sobre o homem e sobre a mulher. Acho até que não saberia escrever sobre outra coisa. Mas a minha perspectiva não permite escreve de forma alegre ou de forma desprendida. Pura e simplesmente, porque não é isso que eu conheço, nem é nisso que acredito.

terça-feira, 9 de março de 2010

Mais um para a estatistica

Estão juntos há tanto tempo que acreditam que já não sabem viver um sem o outro. E a verdade é que não sabem.
A paixão, essa, ficou nos tempos de miúdos, nos intervalos ente as aulas, nas primeiras saídas à noite.
Não são felizes, mas não o sabem.
Desconhecem o amor, mas não o sabem.
Só conhecem esta relação, que no fundo, no fundo é incondicional.
E acreditam que é isto o amor incondicional.
Talvez um dia, casem, talvez um dia tenham filhos.
Celebrá-lo-ão, felizes, da mesma forma que celebraram o seu compromisso, quando, miúdos,trocaram as primeiras alianças.
A aliança essa, continua, tal como o compromisso, a ser escondida. Todos os sábados à noite, em todas as saídas à noites. Esconde-se no bolso e o que não se vê, não existe.
Ele acredita que este é um amor incondicional. Só pode ser. Depois de todas as suas mentiras, todas as suas traições, todas as suas incongruências. Ela permanece à sua espera. E isso, só pode ser amor incondicional.
Ela acredita que este é um amor incondicional. São tantas que já se esqueceu de algumas. São tantas que já lhes perdeu a conta. Mas ele permanece seu. Vive aventuras, conheces outros mundos, mas é para o dela que ele regressa e isso, só pode ser amor, incondicional...

Twitter

Sendo eu uma miuda muito atenta às novas tecnologias, andava com uma grande falha.
Eu, aquela que não se rende a roupa ou sapatos, que consegue viver sem cortinados, tapetes e outras decorações e não resiste a um bom "gadget", não tinha ainda explorado o twitter.
Como sentia que essa era uma grande falha e dado que esta semana ando com um bocadinho mais de tempo livre que o habitual, resolvi criar a minha conta no twiter. Ainda estou a explorar a coisa e confesso que ainda não percebi nada.
Ainda assim, deixo-vos o meu endereço, just in case:
http://twitter.com/bloguenotas

Quem quiser enviar dicas, será mesmo mesmo muito bem vindo!

segunda-feira, 8 de março de 2010

O teu silencio - Fábrica de letras

Sim, penso em ti. Mais do que devia, mais do que queria, mais do que pensava que seria possível. Sinto saudades. Do que nao dissemos e do que nao fizemos. Algo me faz pensar que nao tenho esse direito, nao devia ter esse direito. Mas pensar em ti, tornou-se mais do que um direito, tornou-se um dever. Sento-me no sofá e sinto o teu cheiro. Deito-me na cama e sinto o teu calor. E desejo que se tornasse real. Desejo que fosse mais que uma lembrança. Desejo que fosse mais do que um desejo.
Penso em ti e sinto-me criminosa por fazê-lo. Como se o teu silêncio me proibisse de o fazer. Como se esse teu silêncio legislasse. Como se esse teu silêncio apagasse. Como se esse teu silêncio fosse sinónimo de que nao aconteceu.
Penso e sinto. Mais do que queria, mais do que devia, mais do que seria possível.


sexta-feira, 5 de março de 2010

Crónicas da minha vida - Não me venham com tangas

Sim, as mulheres têm códigos e sim, são diferentes dos dos homens, mas não me venham com tangas que é coisa de mulher, porque não é. Os homens também têm os deles, apenas são diferentes dos das mulheres.




Se verbalmente para os homens tudo é preto no branco é verdade que para a mulher já não é bem assim. É verdade que "nada" nunca é nada. Mas quem é que não sabe isto? Só quem não tiver dois dedos de testa, não se façam de ingénuos. Pensem bem, meus queridos meninos, é impossível para qualquer ser humano, seja qual for o género e até o seiu QI "não pensar em nada". Só não queremos dizer. E os motivos podem ser mais que muitos. Podemos pura e simplesmente estar a pensar em algo muito fútil, como o episódio da novela da TVI do dia anterior, como podemos estar zangadas ou amuadas. E sim, os homens têm que saber e perceber. Não, não queremos que nos tentem adivinhar, queremos que nos conheçam. As entoações de um "nada" são diferentes, consoante o seu significado. Cabe-vos, apenas, estar atentos. A mim, não me parece pedir muito...



Também não me venham com tangas e reclamar sobre as perguntas às quais só aceitamos uma resposta. Quando vos perguntamos se estamos giras, não, não queremos saber se as calças ficam mal, ou se o penteado não ficou nada de jeito. No fundo, no fundo, queremos apenas confirmar que gostam de nós de qualquer forma e que se ficarmos gordas e anafadas, a nossa personalidade será o que continuará a contar e isso bastará para aos olhos de um homem, continuarmos a ser lindas.



Se 5 minutos, não são realmente 5 minutos é pura e simplesmente porque somos muitissimo optimista. Pelo mesmo motivo que o tamanho não conta, o tempo para nos pormos lindas e maravilhosas, não deveria também contar. Mais uma vez, não me venham com tangas, actualmente, grande parte dos homens demora tanto ou mais tempo, tem é menos que fazer e, por isso, mais tempo disponível.



Porque raio não aceitam como resposta um "tu é que sabes"? Que tem de errado esta pergunta? Mas os homens são assim tão trogloditas que não saibam o que fizeram ou que querem. E custa-lhes assim tanto concilar as suas vontades com as nossas, por iniciativa própria. Não me venham com tangas, os homens querem é a papinha toda feita!



Esqueçam o mito de que quando dizemos "temos que conversar isso só tem dois significados. Não não é sinónimo de que queremos obrigar-vos a casar ou que queremos acabar. Neste caso, e talvez o único, queremos apenas dizer que queremos conversar, literalmente. É a coisa que mais gostamos, conversar. Ponto. Preto no branco.



Os homens têm também os seus códigos. Pagar ou não o jantar é um deles. Beijar ou não à despedida é outro. Raio de código este... depois de tanto fluido trocado, que raio haviam eles de se lembrar e proliferar. Não, nós não vamos a correr ler a Activa noivas ou marcar uma quinta e, muitas vezes, não, não é esse ultimo beijo que nos faz apaixonar!



Agora, não me venham com tangas!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Este gajo (ainda) é o maior!



Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.



E que posso evitar que ela vá a falência.


Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios,incompreensões e períodos de crise.


Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.


É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma .


É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.


Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.


É saber falar de si mesmo.


É ter coragem para ouvir um 'não'.


É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.






Pedras no caminho?


Guardo todas, um dia vou construir um castelo...



Fernando Pessoa

quarta-feira, 3 de março de 2010

Simplesmente gostar

Gostar, uma das mais simples coisas do mundo, pode ser uma das mais aterradoras. Gostar de alguém depende não só do outro, mas também de nós proprios, da nossa perspectiva e das nossas experiencias, que nos fazem olhar para algo de uma determinada forma e não de outra qualquer. Mas se temos já medo que nos julgem por uma serie de outros comportamentos, este também não é excepção, sobretudo quando nos parece fora do chamado "normal".


Gostar nunca é normal, faz-nos pensar, querer e fazer as maiores loucuras. Ainda assim, não escapa às regras silenciosas da sociedade. Um encontro não chega, uma carta não chega, a internet não chega. Tem que haver mais, tem que se conhecer muito, tem que se saber tudo e, ainda, pesar prós e contras. Só depois vem o gostar, depois a paixão e o depois o amor. Por esta ordem. E eu estou completamente desordenada. Temporalmente e racionalmente.

Adenda à ultima crónica - os blogues



Aparentemente, os blogues servem também para autenticas novelas. Para peixeiradas em praça pública. É a evolução dos tempos, meus caros. Momentos houve em que as pessoas se regozijavam com a discussão dos vizinhos, mais tarde com a desgraça alheia passada na TVI, agora chegámos à blogosfera. Enfim, a loucura!


terça-feira, 2 de março de 2010

Gosto de ti, mas não gosto de ti #4 - Fábrica de Letras



O teu silencio e a tua distancia fazem com que esqueça facilmente essa tua capacidade de me arrebatar.

O tempo passa e a memória transforma-se e molda-se, deixando-me, confortavelmente, devo admitir, desmemoriada de como é bom, de como me tremem as pernas quando se cruzam os nossos olhares e de como se me derrete a pele ao sentir o teu toque.

Não é ver-te que me afecta, talvez nem mesmo falar, é esse teu olhar intenso, que sem dizer, fala. É esse teu olhar que me atinge como um raio, que me aquece e arrefece, que me provoca os calafrios da atracção.

Passam-se dias, meses, anos, décadas e, nesse instante, de um segundo apenas, em que o teu olhar atinge o meu, com essa força que tu próprio desconheces, nesse pequeno instante, relembro tudo outra vez. E é nesse momento, mantendo o silencio, que todas as palavras são ditas...



...


If you don't like the answer, rephrase the question

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