quinta-feira, 10 de junho de 2010

FUI

A quem possa interessar

A partir de hoje não ecreverei mais aqui, mas sim neste meu novo cantinho.

Quando eu ponho uma coisa na cabeça

...não descanso enquanto não a fizer.

O Cliché já está criado.

Agora, sim, sinto que está à minha imagem. Agora! Porque eu sou menina para daqui a 3 dias achar que era uma doida e como é que tinha tido semelhante ideia de chamar ao blogue Cliché.

Vão actualizando os vossos links. Muito em breve, farei como ao "armas", redirecciono automaticamente para o novo endereço e desaparece o "Notas".

Digam lá que não está catita?

Baby Steps



Nuance Oliveira da Silva is back!!!!



quarta-feira, 9 de junho de 2010

O caminho faz-se caminhando

Pouco ou nada é feito do acaso, embora seja mais facil pensar assim.
Cada passo marca o nosso caminho e cada passo somos nós que escolhemos dar-lo.
Temos mais saude se não fumarmos, se não bebermos, se comermos a sopa toda "até ver o galo".
Não escolhemos a familia, mas escolhemos qual a parte que nos diz mais. Podemos ser inseparaveis da prima que vive em França e esquecermos dessa que vive mesmo ao lado.
Não escolhemos os pais, mas escolhemos o relacionamento e, sobretudo, a perdoar os erros humanos ou aceitar aquilo que nos oferecem.
Não escolhemos o chefe ou os colegas de trabalho, mas escolhemos como suavizar relacionamentos. Podemos optar por ser líderes, por ser submissos ou, simplesmente, o colega bacano, com quem sabe bem beber um copo ao fim do dia.
Dizem que não escolhemos de quem gostamos. Talvez seja inconsciente, mas sim escolhemos. Escolhemos conquistar ou afastar, escolhemos martelar ou seguir em frente. Escolhemos cedencias ou não cedencias, porque somos nós que escolhemos até que ponto vale a pena. Escolhemos a parede em que queremos bater a nossa cabeça ou escolhemos esquecer.
Escolhemos os amigos e escolhemos os inimigos.
Escolhemos as roupas, escolhemos a casa, escolhemos a rua. Não, não nos calha, procura-se.
E é nisto que eu acredito. Ninguém escreve nada por nós, somos nós que escolhemos cada letra, cada frase, cada virgula. Somos nós que escolhemos o ponto final.
Fingimo-nos inconscientes, falamos de Freud ou de Deus. Justificamos os infortúnios ou a pouca sorte e sentimo-nos melhor, porque deixamos a culpa solteira e a consciencia leve para que nos permita dormir.
E também essas crenças são uma escolha. Nossa. Para encolhermos os ombros e podermos dizer, vai-se andado...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sim, eu tenho uma Bimby


Mas isso não quer dizer que eu não goste de cozinhar. Muito pelo contrário.
O meu tempo é reduzido e é a bimby que me permite, mesmo assim, cozinhar todos os dias. Sujo menos loiça, posso deixar aquilo a funcionar enquanto faço outras coisas, mas nem por isso, se perde essa magia que adoro, de misturar ingredientes, escolher condimentos, fazer experiências, provar.
Aliás, tendo em conta a minha adoração por gadgets, poder misturar, cheirar, condimentar, ao mesmo tempo que mexo em botões é, quase quase, o meu paraíso.

Pequenos pormenores, Grandes detalhes

A mim, nao são os grandes gestos que me conquistam, mas esses teus pequenos pormenores.
A forma como te lembras de mim quando ves esse pequeno detalhe de que falei, como desbloqueador de conversa ou quando ouves essa música que só eu conheço e mais ninguém gosta.
A mensagem pela manhã só para desejar um com dia, ou pela noite para saber como correu o dia.
A paciência que revelas, esperando que eu feche cada uma destas portas, para poder abrir a tua janela. Como compreendes a corrente de ar, que como um furacão nos atiraria ao ar, apartando-nos em direcções opostas.
A forma como percebes que os joelhos não têm que tremer à primeira, nem à segunda, para, pura e simplesmente, me trairem à terceira.
A forma como sorris às minhas piadolas ou como elogias o que nem sempre tenho noção.
A forma como me lês e a forma como me escreves.
Os teus pequenos pormenores, como a covinha na tua bochecha ou as imensas histórias que tens para contar.
Esses teus pequenos pormenores, que de tão grandes detalhes, me fazem gostar de ti. Simplesmente... gostar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Avessa à mudança


Se há coisa que eu não sou, mesmo nada, é avessa à mudança. Muito pelo contrário, sou muito a favor e sou avessa ao sempre igual, sempre na mesma, sempre no mesmo ritmo.
Dizem que é mais uma das características do signo gémeos. não sei se é ou não, a verdade é que eu ando sempre a mudar qualquer coisinha. Ele é a cor do cabelo, o corte, as arrumações, a disposição das coisas, enfim, o que me seja possível mudar. Há pouco tempo, mudei o nome deste blogue menos tempo ainda, a cor do cabelo, durante umas semanas, andei com um mood na forma de vestir diferente do habitual. Agora há duas ideias que me andam aqui a inquietar e eu ando a esforçar-me muito muito para ficar quietinha. Outro defeito que associam ao meu signo, a impulsividade. Quando eu tenho uma leve ideia em mudar alguma coisa, mudo logo. Tem que ser já, nunca pode ser amanhã.
Ando aqui vai-não-vai para me armar em pintora e comprar umas tintas para mudar uma paredezinha de uma das divisões da casa e ando aqui vai-não-vai para mudar o nome do blogue,outra vez.
A primeira vez que mudei, até gostava do nome, mas era controverso e eu não lido bem com essa coisa de haver gregos e troianos. Por mais que saiba que é impossível, tento sempre sempre agradar a este mundo e ao outro.
Agora este nome, não me aquece nem me arrefece, parece-me um trocadilho demasiado obvio e demasiado normalzito.
Já aprendi a redireccionar sites, a importar conteúdos, não custaria assim tanto. Talvez custasse um ou outro seguidor, não sei... Até já sei o nome que gostava e tenho já um textinho a justificar.
Enfim, não se é da idade, mas estou aqui a fazer um esforço para controlar esta minha impulsividade e incapacidade de estabilidade. Noutros tempos, já estaria tudo mais que mudado.

Agora a vossa opinião: "Cliché"? Não é um nome giro? E queria tanto voltar à "Nuance", tenho tantas saudades... este "Lápis" irrita-me!

Balanço

Trinta anos, 3 festas e as famosas 30 velas!

Uma festa com a família, uma surpresa e a já combinada com os amigos.

A idade já não perdoa e o resultado é uma valente constipação, daquelas dignas de nos deixar de caminha uns bons tempos e com poucas forças para trabalhar numa segunda-feira, já por si, penosa.

Ainda assim, o balanço não podia ser mais positivo. As sugestões que por aqui fui dando foram "ouvidas", os amigos, aqueles que realmente interessam, todos tiveram uma palavra a dar, e, o mais importante, sinto-me feliz feliz feliz!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A sequela

Vejo, exactamente, o mesmo filme, o mesmo protagonista, a mesma historia, os mesmos erros, os mesmos diálogos, as mesmas fugas. O filme é o mesmo, mas já não é o meu.


Culpam-se os mesmos factos, a rotina. Uma rotina diferente da que tinha sido minha, mas dá-se-lhe o mesmo nome, rotina. E a solução encontrada, essa em quase nada é diferente. Quebrá-la. Mas quebrá-la afastando-se, deixando de estar junto, remando em caminhos opostos, não percebendo, outra vez, que não é essa a solução.

E, agora, que o vejo de fora, percebo. Agora sim, entendo, qual a parte da culpa que me pertencia e que afinal não era toda.

Agora, volta a ser difícil falar de sentimentos. Já na minha altura não o percebia. para mim, é tão difícil um "gosto de ti", como um "já não gosto de ti". São sentimentos, são intimidades, são cumplicidades. Se para mim, depois do "gosto de ti", já estavam desfeitas todas as barreiras, não entendia, a barreira criada para falar dos problemas.

Criei a (des)ilusão que era eu quem não sabia transpor essa barreira, quem não sabia lidar com ela, quem, com medo de o ouvir, inconscientemente, não o deixava dizer.

Só agora, que vejo o filme como espectadora, entendo.

Só agora, o meu copo deixa de estar meio vazio.

Só agora, percebo que a culpa não era minha, não exclusivamente.


Trintona


Pois é, hoje já tenho 30 anos e 1 dia.
Durante muitos muitos anos, achei que fazer 18 é que era. Maioridade, já podia conduzir, prestes a entrar na faculdade, essa é que era a idade especial. O auge.
Pois descobri ontem que não.
Afinal é aos 30.
Pelo menos, tendo em conta as mensagens, telefonemas e até lições de vida que recebi.
Todos dizem que este é O ano. Este é o auge. Físicamente, financeiramente, intelectualmente, sexualmente, etc etc etc...
Com apenas um dia de entrada na década ainda não posso dizer muito, mas sem dúvida alguma que o dia de ontem foi muito especial. E diferente. Diferente dos 29, dos 28, dos 27, por aí fora. Acho que esse é um bom augúrio! Venha de lá esse ano espectacular de que todos falam. As expectativas são altas!

domingo, 30 de maio de 2010

Faltam 2 dias!

Em 48h será oficial, e farei parte, dessa classe tão falada, por uns de forma depreciativa, por outros de forma positiva. A ver vamos. Em 48h entrarei na casa dos 30 e todas as teimas e dúvidas que me assaltam os espirito.

De há uns Domingos para cá, tenho andado, assim de forma muito muuuuuito subtil, umas dicas daquelas coisas que era giro receber como presentinho.
Mas não é dificil fazer-me feliz e, na verdade, os bens materiais são o que menos me importa ,no dia como esse. Eu quero é as 30 velas, uma a uma, vou contá-las, para me certificar. (eu sei que isto é muito politicamente correcto, mas é a mais pura das verdades)

Se ainda assim, alguem quiser surprender-me, não se fique só pelas minhas dicas. Há milhares de coisas fofinhas qeu adoro. Venham livros, muitos livros, venham pijaminhas, venham pantufas! Sim, eu gosto de receber essas coisas, ao contrário de muito boa gente.

De resto, venham mas é esses 30, que eu estou ansiosa por experimentá-los.
Terça há festa!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Aventuras em Madrid

Só o facto de ter que acordar às 4h45 para apanhar um avião é coisa para se transformar logo numa grande aventura.
Para mim que sou muito dorminhoca, dormir entre 4 a 5 horas é coisa muito pouca. Resumindo, acordei com uma cabeça maior que uma abóbora.

Qual é a probabilidade de acordar com uma olheiras até ao chão? 100%
Qual é capacidade de me maquilhar  a uma hora dessas? Zero.
Qual é a probabilidade de encontrarmos, às 6h da manhã, no aeroporto, aquele rapaz muita giro, amigo do amigo, que sempre desejámos também ser amigas? eu pensava que era 0, talvez 1%... alguma probabilidade existe, ou não teria eu encontrado tal moçoilo, com este ar de drogada com que me apresento hoje! Sorte malvada!

O menino estava no aeroporto, fresco que nem uma alface (giro que até doía), já com o check-in e tudo tratado, disposto a uma boa palheta, uma hora antes do seu voo!!! Claro que aqui a esperta já ia atrasadissima... Portanto, foram apenas 5 minutinhos de "olá, estás bom? Para onde vais? Trabalho ou lazer? Adeusinho e boa viagem!" E vá de correr antes que fechassem as portinhas lindas do meu voo...

O tempo estava bom, sem nuvens, ninguém sentado ao meu lado a chatear, revistinha para ler e tal. Já a uns quantos metros de altitude, começo a sentir a minha mala a vibrar... Soa o típico som de telemóvel no avião e começam todos a olhar uns para os outros, enquanto eu tento abafar o som da minha mala. A merda do toque é crescente e à medida que o som aumentava, já tinha o avião inteiro a olhar para mim e o sr. hospedeiro a aproximar-se. E, não, o meu telemóvel não é assim tão especial de corrida, que tivesse ainda rede e capacidade de receber chamadas. Lá veio o sr. hospedeiro e lá tive que lhe explicar que não, não me tinha esquecido de deslligar o telemovel, "es una alarma, que se me había olvidado". Também não percebo qual era a duvida? Alguma vez aquilo tinha rede!!! O que me valeu é que o Sr. hospedeiro tinha já engraçado comigo, porque tinha já despejado o açúcar que era para o chá, no recepiente errado e já lhe tinha arrancado um sorriso, com estas minhas distracções, àquela hora da manhã.

De resto, por enquanto, nada de aventuras. E espero que não venham mais. Não dormi, já falei inglês, espanhol e português. Já tive uma discussão via telemóvel. Tenho a cabeça quase a rebentar e já só estou em contagem decrescente para o voo de regresso.

Viagem a Madrid


Aventuras? Ah, pois claro que há, ou não me chamasse eu aquilo que me costumam chamar (e também não fosse menina para pôr muita manteiga no pão!)

Agora vou para uma reunião, mas venho já já a seguir contar tudo tudinho!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Verdade inconfessável

O MRPereira "carimbou" este bloguinho, como sendo um "Blogue verdadeiro".
Antes de mais, muito obrigada, MRPereira pelo premio.

mas estas coisas não são totalmente de graça e há que cumprir algumas condições e responder a um grande grande desafio.

Primeiro, temos que deixar o selinho bem visível aqui no blogue:



Depois, vem a parte do desafio. confessar uma verdade nunca antes contada... Esta é dificil, mas como não sou menina de recusar um bom desafio, vou-vos contar. Não é coisa de que me orgulhe. Faço-o às escondidas, só com a certeza absoluta sintética e analítica que ninguém está a ver. Gostava de não o fazer, mas por vezes, o desejo apodera-se de mim e torna, simplesmente, mais forte que eu: eu como Nutella à colher! Trouxe ete hábito dos tempos que vivi em França, em que não há menina que se preze que não passe uma ou outra tarde de emalagem e colher na mão, enquanto exerce a sua actividade de sofazar em frente à TV. E sabe tãaaaaooo bem... O meu rabo é que não gosta nada!

Agora que já fiz tamanha confissão, parece que tenho que passar o selinho a outros blogues tão ou mais verdadeiros que o meu. Meus meninos e minha menina, venham de lá essas verdades:





segunda-feira, 24 de maio de 2010

Desafio

Aqui o MRPereira desafiou-me para confessar aqui, em pleno blogue, algo que nunca tenha contado ninguém...

Merda, esta é dificil... Vou tentar MRPereira , prometo que vou...

Amanhã, pode ser?
Quando pensamos que se fecharam todas as portas, que em todos os caminhos os obstáculos são intransponíveis. Quando tudo nos parece um beco sem saída, ei senão que se abre uma janela!

Hoje abriu-se uma janelinha e, por isso, estou feliz!

domingo, 23 de maio de 2010

Coisinhas fofinhas que era tão giro receber aos 30 #6

Um dia vou conseguir

Hoje não é o dia e amanhã também não será. Mas hoje acredito que sim, que esse dia chegará.
Talvez demore semanas, meses, anos, não sei, mas hoje acredito. Ontem não.
Será quando menos esperar, sem dar por ela. E um vão perguntar e poderei dizer que sim, que estou bem e será verdadeiro.
Não sei se fará chuva se fará sol, mas sei que me sentirei completa, pura e simplesmente, porque nesse dia deixarei de sentir a falta.
Agora sim, acredito e é só por isso que sei, que um dia vou conseguir.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crónica - E o mundo mudou


Toca o despertador. A mesma música de sempre. Ou talvez não, não a reconheço, embora a saiba de cor.

Começo a minha rotina, a mesma de sempre. Mas sinto-a diferente, a casa está diferente, o cheiro não é o mesmo. Observo atentamente, tudo no sítio, nada diferente.

Meto-me a caminho no carro, na radio anunciam o mesmo trânsito caótico de Lisboa. Igual, portanto. Os meus habituais vizinhos da 2ª circular. Já os conheço… são sempre os mesmos. A senhora que gosta de maquilhar-se durante o pára-arranca, sem esborratar uma pestana que seja, o jovem que ri sozinho, talvez a ouvir algum desses programas de radio, talvez a lembrar-se das travessuras da noite anterior, a menina que canta, no cubículo do seu carro, como se de um palco se tratasse, as famílias que discutem “está quietinho na tua cadeira, Tomás!”; “Chega de brincadeira, Matilde”;” Estamos quase a chegar, meninos.”. Já conheço as suas rotinas, imagino os seus diálogos, ainda assim, hoje, algo diferente se passa…

Chego ao escritório, já cansada dos quilómetros percorridos em câmara lenta. A recepcionista que me dá os bons dias de sempre, o café da mesma maquina, da mesma marca, da mesma água. O vai e vem dos chegam apressados e ensonados, a mesma rotina, dia após dia, durante estes últimos 4 anos. O computador que demora a iniciar e a rotina que continua, a mesma de sempre... Também esta me parece diferente. Tudo parece igual e tudo me parece diferente.

Continuo a procurar, onde está esta diferença. Que se passa? Que me escapa? Tudo o que me seria familiar já não o é, já não o sinto. Sou uma estranha na minha própria vida. Como se levitasse e pudesse observá-la à distancia. Vejo-me a mim própria, os meus passos estão diferentes, o meu olhar não é o mesmo e só assim há distancia consigo perceber. Estou diferente sim, a minha rotina sempre tão igual, tão repetitiva, tão monótona tem uma novidade. O trabalho é o mesmo, os horários são os mesmo, os amigos, os colegas, a família, a casa, tudinho, sem tirar nem pôr.

E então descubro, descubro a diferença e descubro-te a ti!

Do chão não passa

Há merdas que não mudam. Damos o recado, ignoramos, trinta por uma linha e lá vem a gaja outra vez, com lamechices para as quais, pura e simplesmente, não há pachorra.


Ou irrita ou dá-nos igual, mas mesmo assim, lá vem e bate no ceguinho, uma e outra e outra e outra vez.

Esqueceu-se dos autocarros, da genuidade, da espontaneidade... esforça-se demasiado.

Ora aponta os defeitos, ora põe-nos no altar.

Um dia dissemos, continua lá escrever que, às vezes, até é giro. Mas um dia deixou de ser. Como a tal lei de Peter. E no fundo como toda a lei da vida. Crescemos, crescemos, até chegar ao ponto que paramos. Paramos em altura, na adolescência, paramos na maturidade algures numa idade avançada. Paramos no trabalho até nos tornarmos incompetentes, paramos no engate, até termos o que procurávamos ou até esgotarmos as melhores deixas e paramos na escrita quando começa a ser mais do mesmo.

Paramos até no tempo. Às vezes na relação que não deu certo. Outras nessa pessoa que não deu azo. No emprego que não progride, na tal zona de conforto que nos entristece ou, pelo menos, não nos alegra. Robôs, que passam a saber sobreviver e esquecem-se de viver.

Eu parei aqui... Dou uns passos à frente, mas basta um dia e volto a recuar. Volto ao mesmo sitio.

E esse sitio é o que encontro fora da minha zona de conforto, é o meu bungee jumping sem elástico, o meu trapézio sem rede. Ou talvez não... já se perdeu tanto, que nada mais há a perder. Do chão não passa.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Valores


O valor de um rapaz aos olhos de uma rapariga, funciona, exactamente da mesma forma que as acções na bolsa.
Aumenta com a procura, mas também com especulação.

Questão pertinente


Uma das coisas mais interessantes que este blogue me tem proporcionado é saber que tipo de buscas fazem as pessoas, no google, para cá chegarem.
É que as pessoas procuram as coisas mais bizarras e mais estranhas que se possa imaginar e, às vezes, isso arranca-me uma boa gargalhada.

Ultimamente, há uma busca que me intriga...
Várias pessoas  ou talvez uma só, que procura muitas vezes, e de locais muito distintos, têm procurado no google pela seguinte frase :
"Sem palavras, é mais facil agarrarmo-nos às desculpas, à ilusão,à mentira... Com palavras é mais fácil libertarmo-nos e recordarmos apenas o que foi bom..."
Que é uma frase mais que original, da minha autoria e que nunca foi escrita noutro sitio que não este blogue. Inclusivé foi escrita já há uns bons posts atrás.
Não é estranho?

E pronto!


Perdoei-te no próprio dia... no momento em que o telefone soou e tentaste justificar o que nem tu sabias explicar.
Até devo ter sorrido, da mesma maneira que sorria sempre que chegavas à minha esquina no carro do teu avô.
Lembro-me de ensaiar a cara feia, de tentar não me esquecer que tinha que estar zangada, por causa daquelas coisas, que tinham tanta importância, que hoje já nem as recordo, mas que fazem parte das relações.
Assim que ouvia aquele barulho característico do carro antigo a gasóleo, tudo se esvanecia... Esquecia os meus ensaios, esquecia os meus motivos e os meus maxilares ganhavam força própria, revelando essa sensação que trazia só o facto de te ver...

A verdade é que te percebi... A verdade é que ainda te percebo... os tropeções, esses, não são teus, são nossos... nem todos percebem, às vezes, nem eu própria. Quando a consciência nos falha, a culpa é casada e não é connosco. É com outros... e por isso, é sempre mais fácil deixá-la do teu lado e poder seguir de consciência tranquila.

No fundo, no fundo, nem te perdoei, porque não era necessário. Porque não há regras para estas coisas. Gosta-se e pronto ou não se gosta e pronto. O resto são políticas que impomos a nós próprios ou deixamos que nos imponham. O resto são caminhos que se multiplicam, mas que vão sempre dar a Roma. O resto são nuances que, por mais que queiramos, nem sempre podemos perceber e muito menos controlar.

Por isso, no fundo no fundo, continuei a querer-te bem. A querer aquele menino que devorava historia e política. Que proclamava por um mundo melhor. Que sabia o que queria, mesmo sem saber como obtê-lo.

Eu, gosto de ti e pronto. E o resto são balelas!

Já devia ter deixado de lhe falar


A esse dia que chegou e já não me permite aguentar uma noite até às 5h da manhã. São os pés que doem, os putos que irritam, o corpo que pesa.
A esse dia que chegou, em que quem me tira da minha casinha tira-me tudo. Estar mais de dois dias seguidos sem ir direitinha do trabalho para casa, fazer o meu jantarinho caseirinho e sofazar com a companhia do AXN ou do Fox Life, deixa-me de mau humor. Dou-me por mim a não gostar de quebrar estas minhas pequenas rotinas. Eu, que sempre achei que não sou de rotinas e apanhar-me em casa, quando vivia com os pais, era caso para festejar.
A esse dia que chegou, em que cheguei a casa às 8h da noite e acordei no dia seguinte às 8h da manhã, vestida, em cima da cama feitinha, sem sequer ter jantado.
A esse dia que chegou, em que quando dou conta já falo com este e aquele amigo há meses, porque o tempo não me permite.
A esse dia que chegou e vejo que tudo mudou.
A esse dia que chegou e, de repente, já sou adulta. E ninguém me avisou...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Afinal há UM homem que nos percebe!


 
"O que eu soube sempre sobre as mulheres, mas tive à mesma que perguntar."


"Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que te tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de bondade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."


Crónica de Rui Zink, professor e escritor, no jornal gratuito, O Metro. Publicada a 8/03/2010.

terça-feira, 18 de maio de 2010

"A paciência é amarga, mas o seu fruto é doce"
Jean Jacques Rousseau

Se cuidas de mim

Já aqui tinha posto esta música, por gostar tanto dela, mas hoje vou dedicá-la a um amigo muito especial. Para ti, Pêzinho, porque SEMPRE cuidas de mim. Vou guardar-te bem. LU



Já estou perdoada por não ter ido ao teu jantar?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hoje sinto-me assim...

... leve.

Hoje é um dia triste

o meu primeiro carro vai ser abatido. Tem praticamente a minha idade e nunca me deixou ficar mal. Ok, deixou uma vez em plena ponte vasco da gama, mas coitadinho, tendo em conta a sua idade, portou-se lindamente e rapidamente o perdoei por esa falha.
Hoje vai ser abatido o meu primeiro carro. O carro que me acompanhou nos ultimos tempos da faculdade, durante todo o tempo que fui estagiária e tinha que fazer 100 km por dia. O carro com que fiz as primeiras viagens, ao Algarve, a Mil Fontes e a todos os lugares que quis ir.
O carro onde namorei, conversei, chorei, sorri.
Hoje esse carro vai ser abatido e sinto que com ele vai, também, um pouco de mim, da minha história...

domingo, 16 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Amaze me


É aquilo que todos (enfim, quase todos) procuramos. Todos queremos que nos surpreendam. Queremos fugir á nossa rotina, queremos novas descobertas, queremos sentir o peito cheio. E a maior parte das vezes queremos que o façam por nós.
Queremos ligar a televisão e encontrar o programa que nos faltava.
Abrir a página de um livro e ler a frase que procurávamos.
Ir a um bar e ouvir a música da nossa vida.
Queremos tudo, mas não queremos nada. Porque queremos a surpresa sem sair da nossa zona de conforto, queremos estar sentadinhos no sofá, até chegar essa última maravilha que nos fará sorrir.
Já todos sabemos que, ansiedade gera ansiedade, stress gera stress, um sorriso gera sorrisos, dinheiro gera dinheiro e eu, estou convencida que a surpresa gera surpresa.
Por isso, vamos todos hoje sair á rua e fazer aquilo que não faríamos. Vamos surpreender-nos a nós próprios.
Vamos fazer bungee jumping, vamos saltar de pára-quedas, vamos comer o que nunca provámos, vamos beber o que nunca ousámos, vamos escrever o que nunca lemos, vamos protagonizar o filme que nunca vimos.
Surpresa gera surpresa, por isso, começos por nós próprios e o mundo nos surpreenderá.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Entrelinhas


É mais que uma mania, um defeito ou feitio. Está nos nossos genes, na educação, na sociedade, nem sei bem explicar. Está dentro de nós e é mais forte que nós. Temos esta mania de deixar tudo, ou pelo menos, informação de grande relevância, nas entrelinhas.
Gostamos que fique algum mistério, enquanto, ao mesmo tempo, nos permite fazer uma boa análise do destinatário da nossa mensagem. Gajo que perceba as nossas entrelinhas tem à partida três bons atributos, sensibilidade, inteligência e segurança em si próprio. É uma espécie de eliminatória que fazemos logo à partida, com a vantagem de não ficarmos demasiado expostas.
Esta parte da exposição, é tramada para nós, e já todos bem o sabemos. É por isso que se sentirmos o impulso de ter a ousadia de fazer um convite, somos capazes de o fazer como se de uma caça ao tesouro ou gincana se tratasse. "queres" numa mensagem, "tomar" num comentário e "café" pura e simplesmente no ar, na esperança que o pequeno o agarre e assim, fiquemos todos com essa consciente ilusão de que o trabalho foi dele...
Eu sei que, às vezes, quase parece que queremos que o homem seja adivinho, mas confessem lá... estes joguinhos têm a sua piada e dão muita pica!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hoje


é um daqueles dias que eu desejava que não tivesse começado e que nunca mais acaba. E ainda nem sequer é hora de almoço...

Benfiquistas da minha vida

e da minha rua... também estou muito feliz, também já fiz a minha festa... muito bom!
mas agora vamos dormir todos descansadinhos, pode ser?

é que amanhã, pelo menos eu, tenho outros campeonatos e precisava mesmo de dormir.
Estamos combinados?

domingo, 9 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Um dia...


... convido-te para um café!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

parte anatómica absolutamente fundamental


Num dos meus últimos posts, falava numa serie de atributos que gostaria que um menino tivesse.
Alguém comentou que esses atributos facilmente encontraria num cão, ao que eu acrescentei que deveria ter mencionado também a necessidade de um polegar, nem que fosse para ajudar em bricolages necessárias, entre outras coisas.
Não há dúvidas que o peixe morre pela boca. Esta semana eu arranjei maneira de imobilizar o meu polegar esquerdo e perceber que realmente esta porra faz falta.
Vestir-me de manhã é uma merda duma tortura, desde calçar as peúgas, até abotoar os botoezinhos das calças, sem a porcaria do polegar é um verdadeiro desafio.
Até abrir as embalagens das tretas que me receitaram para o polegar é, ironia do destino, outro desafio...
Tomar banho de luva é das coisas mais surreais que já fiz. Não só me irrita estar com uma parte do corpo interdita à agua, como me custa lavar o cabelo só com uma mão e, ainda, ter esfregar o braço direito com acrobacias.
Não como deve ser, não me penteio como deve ser, não faço nada de jeito. É agora que percebo porque é que esta porcariazinha nos faz mais evoluídos.
Agora é que precisava mesmo mesmo do tal espécimen com todos aqueles atributos. Ou melhor, com um polegar chegava-me... É que agora dava-me mesmo jeito um polegar extra!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma nova paixão


Sempre gostei  muito de escrever, de brincar com as palavras, de extrapolar ideias, factos, sentimentos. De misturar o que vejo, com o que oiço, com o que vivo e com o que sinto.
Durante muito tempo, tive vergonha de o mostrar. Leio coisas tão fantásticas em tantos sítios, como livros, brochuras, blogues, que sinto-me pequenina nesta minha faceta.
Gostava de poder escrever mais e melhor. Sempre tive essa ambição. Por motivos que agora não interessam nada, recentemente, embora já tivesse o blogue há algum tempo, perdi um pouco a vergonha e passei a escrever ainda mais e a publicá-lo neste meu pequeno espacinho.
E assim descobri uma nova paixão. Escrevendo mal ou bem, gosto desta interactividade que proporciona um site na internet. Conheci, virtualmente, pessoas com as quais me identifico, às vezes me preocupo e que considero amigas.
Gosto dos comentários que me vão deixando e que são, muitas vezes, o ponto de partida para novos posts.
Gosto quando verifico que alguém concorda ou identifica-se com o que escrevo.
Gosto do que descubro e do que conheço.
Hoje ainda não tinha escrito nada e a verdade, é que passei todo o dia a sentir que algo me faltava...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Por muito serviço público...

Que, vocês, meus meninos, encontrem por aí, há casos que são, pura e simplesmente, perdidos. Perdidissimos.
Podemos ensinar-lhes, aconselhar-lhes, dar-lhes as mais variadas tampas e não aprendem.

Meus meninos, esta coisa de atirar o barro à parede a ver se coisa pega num final de um encontro (ou mais tarde, consoante a vossa percepção de timing), não resulta.
Vamos lá esclarecer, as vezes que o tentaram e a coisa pegou, foi pura sorte. A menina já estava para aí virada antes da vossa deixa. De resto, não é por atirarem um "Queres ir até à minha casa ver a minha colecção de CDs/DVDs/animais amestrados/pardais ao ninho?", que a coisa pega.. Não se preocupem, mesmo que a menina vos pareça mais tímida que uma pedra, se a coisa estiver a correr de feição e estiver para aí virada, terá lábia o suficiente para não vos deixar escapar. Com uma vantagem, pode usar uma desculpa ainda mais esfarrapada ou ridícula que a vossa. É que nestas alturas o vosso cerebro tem tendência a descer até ao baixo ventre. Podemos até perguntar se querem ver a nossa colecção de pratos às florzinhas, assim que vocês ouvem "Queres ir até à minha casa para...", o vosso cerebro, a partir daí, só vai ouvir "fazer sexo".
Por isso, meus meninos, o meu conselho é que tenham calminha, que a coisa vai lá, seja num 1º encontro, seja num 500º.
Lembrem-se de um bom truque: sentimo-nos muito mais à vontade para vos mostrar a nossa mais obscura celulite se soubermos algum dos vossos mais obscuros segredos (que não seja anatómico, please!).

Agora, um recadinho ao menino que este fim-de-semana, do nada, enviou a mensagem "se fosses uma amiga como deve ser hoje davas me dormida.lol".
Em primeiro lugar, esta mensagem nem merece resposta. Não vale os 8 centimos que me custa um sms.
Em segundo lugar, what the fuck???? Quantas vezes é preciso dizer que não? Qual foi o raio do contexto?Vou acreditar que tinhas fumado coisas para rir...
Em ultimo, escusas de vir com essa já famosa desculpa de que estás habituado a  miúdas mais novas ou menos inteligentes. O elogio não pega. Não me deixa derretida ao ponto de aceitar deixas de merda. E, sabes, meu querido, é contrário, não és tu que estás habituado a meninas mais burrinhas, são as tuas deixas que levam a que apenas essas te caiam no colo.

segunda-feira, 3 de maio de 2010


Falar sobre fé, seja ela qual for, assim num post num blogue, parece-me, a mim, que até já o fiz, assunto demasiado leviano.
Para mim, é completamente indiferente que qualquer fé religiosa seja posta em questão. O assunto não fere a minha susceptibilidade, porque não põe em questão nenhuma das minhas crenças.
No entanto, respeito e muito. Mais do que respeitar, compreendo.
Eu tenho as minhas fés, de outra ordem, mas tenho-as. E confesso que me magoa, quando alguém põe em questão os meus princípios, as minhas ideias, até mesmo as minhas ansiedades ou faltas de bom senso. Costumo dizer, que não podemos julgar os outros, sem fazermos o seu caminho e, sobretudo, sem os seus sapatos. Desconhecemos as vidas dos outros, a sua educação, os seus sentimentos e até as suas armas. Mesmo quando acreditamos que conhecemos o melhor possível esses outros que tão facilmente julgamos. É, quase sempre, impossível pormo-nos no seu lugar. Mesmo quando achamos que passámos pelo mesmo ou por algo semelhante. É possível, mas nunca com os mesmos sapatos.

domingo, 2 de maio de 2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Crónica - Linhas tortas


Pregam por aí que há um ser divino maior que todos. Omipotente, omnisciente e omnipresente. Que zela por nós, escreve certo por linhas tortas e que ao menino e ao borracho põe a mão por baixo.
Nunca acreditei em tamanha divindade. Simplesmente não me foi incutido na educação e aprendi a fazer valer-me por mim própria. Foi o que me ensinaram os meus pais e o que me provou a experiência. Nem agnóstica me considero, porque sei que, pura e simplesmente, não há prova possível. Acredito sim, nas leis da física, da química, na selecção natural e na teoria de Darwin.
Às vezes consigo perceber os outros e, ás vezes até, desejar tamanha fé. Compreendo que seja mais fácil, se acreditarmos, que alguém nos traça o caminho e que este terá sempre bom porto, independentemente dos seus obstáculos. Acredito que seja a forma de uns e outros se disciplinarem, de se sentirem merecedores daquilo ambicionam, desejam ou mesmo temem.
Mas aquilo que eu vejo é um omnisciente muito distraído, um omnipotente com pouca vontade, um omnipresente a dormir.
Aquilo que eu vejo é desequilíbrio, injustiça, fome, doença, guerra, pobreza. Não consigo acreditar que, existindo, esse Deus fosse capaz de tamanhas atrocidades. Que fosse capaz de de forma insistente dar aos fortes e tirar ao fracos. Dar aos ricos e tirar ao pobres. Dar aos saudáveis e tirar aos frágeis.
Não acredito num Deus tão injusto, com tamanho requinte de malvadez, com tamanha crueldade.
Acreditaria sim, se olhasse à minha volta e visse tudo aquilo que o John Lenon imaginou uma dia, se visse os bons serem recompensados, se os maus ou mal não existisse, se não ocorressem tamanhos desastres naturais, tamanhas doenças, tamanho sofrimento. se olhasse à minha volta e visse que há equilíbrio e paz.
Hoje, mas só hoje, vou tentar acreditar. Pura e simplesmente para poder ter a quem "pedir" que devolva a saúde a uma menina de 2 anos. Hoje acredito,que distraidamente retirou a tal mão por baixo, um erro quase humano, mas um erro.. Hoje vou acreditar na medicina, mas também nesse ser que dizem ser maior. Hoje vou acreditar para poder ter um culpado, capaz de remediar a situação. E de pedir desculpa. Hoje vou tentar, mesmo não percebendo o errado que escreveu em linhas tão certas.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Eu já sabia...


...exactamente, quais iriam ser os comentários ao meu post anterior. "ninguém é perfeito", "és demasiado exigente" bla bla bla
isto é como tudo, o peixe morre sempre pela boca e eu sei perfeitamente que, falo, falo e quando der por ela já estou a ter filhos de algum que seja TUDO aquilo que escrevi. Tudo junto, que é para aprender a estar caladinha. Ou então encalhadissima. Mais encalhada que o Tolan.
Mas, se querem que vos diga, antes encalhada que acomodada a algum trambolho, como muitas que vejo por aí.
Continuo a achar que temos que ser exigentes. Só assim um bocadinho. E ainda acredito que há ainda por aí algum espécimen que reuna esses atributos de que falo.. Que também queiram colinho, jogar playstation, etc etc etc... mas assim tudo a atirar para equilibradinho.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Eu matava por uns sapatinhos...


Não uns manolos, nem uns louboutin!
Só preciso que sejam o 34 em giro!
Fui abençoada com este pezinho de criança. Sandália que é bom, não há para mim.
I'm in deep pain...
Reiniciei a minha demanda bianual e a coisa, como já é habitual, está preta!

Até podia continuar a ajudar-vos, meninos desta vida

Podia, sim senhora. Também gosto de escrever sobre esse lindos disparates que essas lindas cabecinhas pensadoras se lembram. Mas depois lembro-me que, é injusto andar aqui a ajudar-vos, porque mesmo depois destas super valiosas dicas,  vocês conseguem ser todos, um a um, verdadeiros estafermos. Ou então sou eu que tenho muito azar. E há de todos os tipos, senão vejamos:


- o menino que só quer uma segunda mamã - e trata-nos precisamente dessa forma. Até pode ser um pouco mais rebelde e esquecer essa parte da mamã quando chega à parte do sexo, mas depois quer é colinho e que lhe façamos todas as vontades todas. Querem comida na mesa, roupa lavada, botões cozidos, meias dobradas.  Que lhes aturemos as birras e os amuos. Surpresas giras para nós, nada. Que uma mãe ama incondicionalmente o seu filhote e contenta-se com pouco, muito pouco. Não há pachorra. Pelo menos, no meu caso, o instinto maternal não chega a tanto.


- o menino hiper dependente - que não faz absolutamente mais nada que não seja mandar-nos mensagens e planear o próximo momento em que vai estar connosco. Implica com as nossas amigas e amua quando vamos sair com elas. Tenta mudar-nos à sua semelhança. Tenta influenciar o que vestimos. Tenta incutir-nos os seus gostos pessoais. Adora essa estúpida teoria de que duas pessoas apaixonadas são uma só. Cromo. Duas pessoas podem gostar muito uma da outra, ter objectivos em comum, interesses em comum, mas não deixam de ser nunca indivíduos independentes.


- o menino D. Juan - que sai connosco e mais trinta mil ou que só sai connosco mas tem a agenda com os contactos de todas as potenciais suplente, com as quais que vai mantendo contacto, just-in-case. Palhaço! Acho que nem preciso de mais comentários.


- o menino que está sempre em busca de novas emoções - e que se não conseguimos acompanhar, vai dando umas facadinhas para quebrar a rotina. Uma canseira para eles próprios (esconder uma facadinha é coisa que dá trabalho e requer criatividade) e uma dor de cabeça para nós.

- o menino que não sendo menino da mamã, não cresce - e é incapaz de largar a playstation ou o futebol ou o surf ou o poker ou o joguinho parvo que os amigos resolveram inventar. Não nos fazem companhia nenhuma e, alguns, ainda acham que não há nada mais interessante para nós, que passarmos uma tarde no guincho, a levar com o vento e os seus kilos de areia e a vê-los (se a areia deixar) no meio do mar em cima de uma tábua. Podemos estar a morrer e ligar a pedir boleia (e apoio, claro) até ao hospital e só o que respondem é "errr... hmmm... mas hoje a malta combinou ir a casa do Alfredo para uma partida de poker. Pode ficar para amanhã?"


Digam-me, onde estão os meninos-achados. Inteligentes, fiéis, independentes, carinhosos, estáveis, pacientes, maduros, compreensivos. Eu caso!
E, depois disso, até nem me importo de continuar a mandar estes bitaites.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Há dias assim


Há dias em que, por mais sol que faça lá fora, há nuvens alheias ao S. Pedro que nos atormentam.
Nesses dias, o melhor é ficar a pensar no fim-de-semana que se adivinha fantástico lá para o sul do país.
E a esperança que esse fim-de-semana seja suficiente para disfarçar aquilo que o meu médico chama de ter a circulação toda à superfície da pele. Ou seja, que me ajude a disfarçar esta transparência de pele com que fui abençoada.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ainda a saga sobre os encontros


É muito fácil vir práqui mandar bitaites, mas a verdade é que em todos os meus encontros, houve sempre coisas que gostei menos, coisas que gostei mais e nem por isso me recusei a segundo.
Houve apenas um que me deu vontade de fugir a sete pés. Um antigo colega da faculdade, que reencontrei através de uma dessas redes sociais ou messenger ou lá o que foi. Tenho pena de não ter escrito na altura tudo o que se passou, porque lembro-me bem que foi surreal.
De resto, a minha memória falha e só me consigo lembrar dos três aspectos que mais me marcaram.
O restaurante não era mau, mas também não era grande coisa. Um daqueles restaurantes com luz florescente de cozinha, que em nada ajuda a criar ambiente. Mas nem foi isso que me afastou. Quando chegou a altura de pagar, claro, o menino quis pagar a meias. Apesar de não achar a atitude mais arrebatadora do mundo, não teria tido problemas com isso, não fosse o menino esclarecer "eu até te pagava, mas nesta altura do mês não vai dar". Esta frase tornou um momento banal, no momento mais constrangedor do mundo. Não caiam nesse erro, se não estiverem numa boa fase financeira, convidem para um simples café. É mais em conta e pode ser igualmente agradável. Também não precisam de entrar em explicações. Convite para jantar não é obrigatório...
Depois fomos a um bar. Ele pediu um whisky e eu uma água. Já sabia com o que contar, mas achava que ele deveria ter, pelo menos, a gentileza de chamar o empregado e pedir a conta. Não sei que voltas ele deu, mas a verdade é que pagou o seu whisky sem que eu me apercebesse e acabou por vir o empregado avisar que faltava a minha água. Mais um momento constrangedor escusado.
Para finalizar a noite, já em casa, recebo a mensagem da praxe. Esta acho mandatória. Aqui sim, temos que agir que nem carneirinhos no mesmo trilho. É que se vocês não o fazem, os macaquinhos que temos já no sotão, entram em azáfama actividade. Mas por favor, não mandem nada como este rapazinho, cuja mensagem dizia algo parecido com: "Estou muito orgulhoso! Afinal, és mais gira do que eu me lembrava."

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais dicas para os meninos

A ideia original para este post era fazer uma lista de restaurantes nice para um encontro, mas depois lembrei-me que estou farta que andemos todos a seguir esses protocolos formados, sabe-se lá por quem, e que temos que deixar de parecer formiguinhas no carreirinho, todos a fazer exactamente a mesma coisa e pela mesma ordem.
Um primeiro encontro é muito importante, já que não há, nunca, uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão. Vamos aproveitar +ara ser originais. Até nem é dificil.

Se não vos apetecer ser original e quiserem optar pelo tipico convite para jantar, tenham, pelo menos em conta um factor muito importante. Se a menina for fumadora, escolham restaurantes com zonas para fumadores. Se são anti-tabagistas, esqueçam e sigam para outra. Não comecem nada a pensar que vão conseguir mudar alguém. Mudar uma ex-fumadora é dificil, ela já tem mais que consciencia dos maleficios do tabaco e, mesmo que esteja muito apaixonada e disposta a fazer esse sacrificio, vão ter que aturar muito mau humor!
Continuando, se optarem por um restaurante sem zona para fumadores, duas coisas poderão ocorrer. Se a menina for bem educada, não vai interromper o jantar para vos deixar sozinhos enquanto mata o seu vicio na rua, se não for, vai fazê-lo e vocês vão ficar uns 5 minutos a olhar para o ar à espera. No caso da menina bem-educada, ela vai fazer um esforço enorme, mas o seu vicio levá-la-à à desconcentração e poderá mesmo chegar ao cumulo de desejar que um bom jantar termine, só para poder colmatar o seu vicio.
Outro ponto que me parece importante, NUNCA convidem para cinema num primeiro encontro. No segundo já não faz mal, mas no primeiro, setamos ávidas de informação e queremos conversar, ver como a coisa flui. No cinema não vamos conseguir fazê-lo, por isso, eu acho uma seca. Odeio quando me fazem esse convite, nestas circunstâncias.
Que tipo de convites mais originais oderão ent~so fazer a uma menina que vos interesse? Vários!

- Convidá-la para um brunch. Não sei bem porquê, é coisa que sempre pensei que gostava que me fizessem e nunca aconteceu. Nem em primeiros encontros, nem num namoro sério. Acgo romantica a ideia de me encontrar com um tipo às 11h/12h de um domingo, para um misto de pequeno-almoço/almoço. Além disso, aquilo tem sempre coisas fixes para comer (segundo dizem), entre o leve e a guloseima. Como foi coisa que nunca fiz, nao tenho rferências para dar, mas visitem o blogue do GuroZen, que ele está sempre a contar-nos maravilhas de vários spots.
-  Convidem-na para um lanche com fondue de chocolate. Eu aconselho a hagen dazs do chiado, quem um fondue optimo. Acho romântico e acho que um desajeito encontrão de pauzinhos em busca do chocolate tem quase o mesmo efeito de friozinho na barriga que um toque físico acidental (que sausdades de um primeiro encontro e desse friozinho!). para colmatar, atentem na foto que aqui coloquei e digam lá que a coisa não augura algo de bom?
- Almoços num fim de semana solarengo numa esplanada, a mim soa-me a paraíso. Se ainda por cima, tiverem a capacidade de sair de Lisboa e ir até ao Meco ou Sesimbra ou Comporta para oferecer-lhes um bom peixe, uma boa esplanada, uma boa paisagem, tá no papo, meus queridos! Mostra que se esforçam. Eu adoraria...
-Finalmente, pesquisem  na Time Out programas cultarais não secantes e intelectualoides para fazer. Dar-vos-à pinta de cultos e isso, para mim, é logo mais dois pontos na escala.

Boa sorte!

Crónicas da minha vida - A escolha de um bom tema


Resolvi pôr-me este desafio de, todas as semanas, num dia fixo, escrever uma crónica. Na verdade é um sonho que eu tenho, um dia, ver alguma coisa publicada por mim e uma crónica parece-me mesmo mesmo à minha medida.
Foi por isso que resolvi colocar este desafio a mim própria e, desta forma, testar a minha capacidade para fazê-lo, cumprindo um deadline.
O grande problema destas crónicas para mim, é a escolha de um tema que eu consiga dissertar de forma inteligente ou humorística, consoante o meu estado de espírito ou o tema em si.
As primeiras foram muito fáceis e, muitas vezes, á segunda-feira estava a crónica em draft. Na altura tinha mais tempo livre em mãos, andava muito focada nisto da escrita e, paralelamente, tinha o curso de escrita criativa que acrescentava entusiasmo à coisa.
Falta de assunto não é coisa que me aconteça facilidade. Eu falo pelos cotovelos, difícil, difícil, é calar-me e evitar as minhas "tonterias". Os meus colegas costumam brincar e dizer que lhes proporciono um verdadeiro momento de stand-up comedy, uma vez por dia e quando não o faço, reclamam pelos seus direitos.
Hoje teria  mil e um assuntos para falar. Juro.
Mas se uns não consigo desenvolver como gostaria, devido à falta de tempo, outros, por motivos pessoais, não me parece a altura ideal para divulgar.
A ajudar à festa, ando aqui numas escritas, para uma brincadeira, que rouba alguma da minha criatividade.
Por isso, esta semana, volto à crónica não-crónica, tal como fiz a semana passada.
Vou tentar que não se volte a repetir, mas dada a minha agenda, aviso já, que até meados de Maio, isto vai andar muito complicado.
Obrigada pela vossa compreensão.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O que tu queres sei eu


Depois do granel dos dois últimos posts, tinha pensado em escrever algo sério hoje. No entanto, o comentário do MRPereira ao último post, fez com que fosse mais forte que eu continuar esta vertente serviço público. Os homens, hoje em dia, querem é a papinha toda. Na na, nao pode ser. Se querem companhia feminina de alta qualidade tem que se esforçar mais.
Volto à teoria da mulher das cavernas. Há mil e uma teorias e estudos para o facto de nós não gostarmos de gajos inseguros e que mostram não saber como proceder em determinadas situações. Vão por mim, balelas. A mulher da cavernas que há em nós, quer certificar-se que o homem tem a sua moca para nos defender, a capacidade de nos aquecer e o discernimento necessário para defender qualquer possível ameaça à caverna. Depois de nos certificarmos que o homem tem estas capacidades, podemos então relaxar e preocupar-nos apenas com a nossa função, fazer e criar filhos.

Um homem que queira a papinha toda e não demonstre alta capacidade de protecção e resolução de problemas.... não terá lá grande sorte... apesar de, nos tempos de hoje, sermos muito mais que mulheres parideiras. Queremos igualdade, bla bla bla... mas na hora H, queremo-los mais fortes que nós, mais inteligentes (ou pelo menos que nos ensinem algo) e muito seguros de si próprios. desculpem meninos, é pura e simplesmente mais forte que nós.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Regras básicas noutro tipo de encontros


Dado o sucesso do post anterior (em vez de 3 teve 4 leitores! é a puta da loucura!), resolvi seguir com o serviço público e ensinar algumas regras básicas aos meninos. Regras de ouro que deverão recordar-se na hora H, aquela em que a perfomance é muito importante, mas pequenos detalhes podem deitar por terra o maior Ulisses desta vida.

Regra n.º1: Nunca, mas mesmo nunca, façam como os ingleses. Podem estar 30 graus negativos e já sabemos que há zonas do corpo muito sensíveis à temperatura e mais difíceis de equilibrar, mas POR FAVOR tirem SEMPRE as meias!!!!
Não é uma imagem bonita, ver alguém que enverga pura e simplesmente umas peuguitas. mesmo que não sejam brancas. Gostamos tanto disso, como vocês das cuecas ao bom estilo Bridget Jones.

Regra nº 2: quando eu tinha uns 19 anos, até achava alguma piada. Aquilo funcionava quase como um quebra gelo, "ai, que fofinho, que bonequinhos tão giros", vamos lá rir um bocadinho com isto e avançar para a parte realmente divertida, já que a nossa experiência não dá para mais. Hoje, passado uns anitos, não há coisa que me pareça menos sexy e prefiro outros "quebra-gelos" a uns boxers com bonecos infantis. Não, não mostra que vocês têm sentido de humor. É feio e pronto! A coisa piora bastante se, por acaso, o vosso nome for Asdrúbal Coelho e andarem sempre munidos de coelhinhos. É foleiro, piroso, o que lhe quiserem chamar. Eu, pessoalmente, acho que assentam sempre bem os boxer estilo Calvin Klein.

Regra n.º 3: Uma boa palmadinha é uma coisa com a sua piada, mas só se for bem feita. O objectivo é fazer barulho e não provocar uma nódoa negra. Também convém saber o sitio certo. Por isso lhe chamam uma "nalgada" e não uma "costada" ou uma "pernada". Tem que ser uma pancada seca! Se não o souberem fazer, nem sequer tentem. É o suficiente para estragar algo que até podia estar a correr muito bem.

Regra n.º4. Um puxãozinho de cabelos também pode ser apreciado. Daqueles que mostram desejo. Não os que pareçam violência doméstica e deixe madeixas nossas entre os vossos dedos. É como a palmadinha, se não sabem, não façam!

Regra n.º5 (e talvez a mais importante): empurroezinhos a tentar mostrar-nos o caminho não servem para nada. Tira a tesão. Ponto. Se alguma gaja, ainda assim, fizer o que pretendem depois desse gesto, é pura e simplesmente, submissa e quer mostrar que até é muito à frente. Se for uma gaja que até goste de o fazer, perderá todo o prazer que retiraria desse acto!


Leiam e aprendam!


terça-feira, 20 de abril de 2010

Regras básicas num 1º encontro


- Esqueçam o telemóvel. Não há pior que sentir que nos deixaram de ouvir para responderem a uma mensagem ou ter que fingir que não estamos a ouvir a conversa com o vosso copincha, a contar-vos a ultima noite de copos ou a combinar a próxima. Se tiverem mesmo que atender, ou seja, se for caso de vida ou de morte, tenham a delicadeza de pedir desculpa antes de o fazerem.
- Não escolham como spot a tasca da esquina. Também não tem que ser o Eleven. Há muito restaurante baratinho com um mínimo de bom aspecto.
- Se o serviço não for bom, por favor, não façam um escândalo. Também não se armem em bananas e não deixem que façam de vocês gato-sapato. Se conseguirem reclamar, com elegância, a coisa já está no papo.
- Nunca, mas mesmo nunca flirtam com a empregada. Um "obrigado" e um "faxavó" chegam. Este é O momento para nos fazerem sentir únicas. Quase me sentia tentada a dizer que depois de um bom primeiro encontro, fazem tudo o que quiserem de nós. Quase, mas ainda há muito para batalhar. De qualquer forma, a primeira impressão vale ouro;
- NÃO mencionem nenhuma ex-namorada. Não se gabem ou vangloriem. Um primeiro encontro é uma página em branco. O passado fica lá atrás e há muito mais na vida para se conseguir puxar um óptimo assunto;
- Se têm o síndroma da comida que fica no dente, não passem o final do jantar com a mão na boca. Percebe-se perfeitamente o que estão a fazer e, a partir desse momento, só vos conseguimos imaginar com um espinafre no meio do dente. Façam como nós. Porque é que acham que vamos à casa de banho antes do jantar e antes de café? Não, não temos nenhum problema na bexiga, apenas queremos garantir que estamos impecáveis. Façam o mesmo e voltem com o vosso melhor sorriso.
- Nunca puxem dum palito para escaranfunchar o bocado de comida que ficou no dente. Mais uma vez, casa de banho com ele e retorno com o melhor sorriso.
- Finalmente, PAGUEM o jantar! Não me venham com as tretas das modernices, da igualdade e pardais ao ninho. Assim como vocês, gajos, tanto invocam esse instinto de homem das cavernas que tantas vezes vos vêm ao de cima, aqui é a nossa vez. Aqui, somos com a mulher das cavernas que aguarda ansiosamente que o seu homem lhe traga um javali sopimpa para o jantar. Se a menina for bem educada, vai agradecer e dizer que paga o próximo, ou o copo, ou o cinema ou que for. Combinadissimo dirão vocês, mas só para rapidamente ultrapassarem esse momento constrangedor. Depois esquecem essa informação. Nada de cobranças!

Sigam estes passinhos e,  confiem em mim, metade da conquista já cá canta!


domingo, 18 de abril de 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Hoje não há crónica


Já tinha escolhido tema e tinha até já planeados uns chavões. O título seria "Um dia... faço e aconteço" e o objectivo era falar nessas promessas que fazemos a nós próprios sobre fazer algo um dia e nesse dia que nunca chega. Os pacotes de açúcar que nos inspiram, não tanto pelas fabulosas frases, mas porque terminam com um "Hoje é um dia" que mais do que coragem, nos dão a esperança que, realmente, esse dia vai chegar. Seja o dia em que vamos ligar àquela pessoa que não vemos há muito, seja o dia para algo mais ambicioso como "um dia escrevo um livro" ou "um dia despeço-me e mudo de vida".
Queria falar nas coisas que nos vão fazendo adiar tudo, e naqueles dias em que realmente "acontecemos" ou por pura sorte, algo acontece por nós e/ou para nós.
Queria contar-vos os meus "um dia vou..." e os diferentes factores que me vão fazendo adiar esses dias.
O meu tempo está a passar a um ritmo vertiginoso e é por isso que um dia vou escrever-vos sobre tudo isto, mas hoje não é o dia...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Partos dificeis


Ao contrário do que muitos pensam e até do que muitas vezes me fica, a mim, na memória, a verdade é que nunca nada me foi dado assim de mão beijada...
Quando puxo pela memória, lá para os confins da minha consciência é que recordo.
Desde os namorados, ao trabalho, os começos foram sempre difíceis e eu, no inicio, via sempre a coisa de forma pessimista.
Houve sempre ali um entravezinho que me fez sentir a corda um bocadinho mais bamba, mas no final, tudo sempre se solidificou (mesmo o que não tenha tido finais felizes).
Por isso, hoje, quando algo me parece mais instável, menos seguro, mais intangível, respiro fundo e relembro... é bom sinal! A parte sólida e as certezas irão chegar, porque essa é a minha história. E a parte melhor de tudo é o gostinho que deixa essa conquista, depois do obstáculo superado.

Desta vez não vai ser diferente. vai correr tudo bem. É nisso que acredito!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Quero que se foda...


... a merda da dieta. Dizem que temos que adaptar a dieta à nossa rotina e, devo dizer, que a minha até se adapta muito bem. De vez em quando, tenho uma ou outra quebra na rotina que lá me leva a uma facadinha. A primeira semana até correu muito bem, mas a verdade é que desde quarta-feira que tenho tudo menos rotina. Ele é almoço de trabalho, ele é almoço com amigo de longa data, ele é festas de aniversário. Só merdinhas para desestabilizar isto tudo.
Quem é que num prolongado almoço de trabalho pede uma sopinha quando todos entram com um raio de uns ovos com farinheira? Quem é que recusa um vinho, naquele almoço, com o amigo com quem não se almoça há muito e cujo esse é um dos maiores prazeres, a partilha do vinho a acompanhar uma boa conversa. Quem é que num jantar de aniversário pede o peixe cozido com legumes?
Quem é que é capaz de chegar a casa e ainda fazer exercício depois de ter aturado a centena de paneleiros que encravam a 2ª circular só para ver a porcaria dum jogo de futebol?
Depois também é necessária uma rotina emocional. Essa, neste momento, também não a tenho. E não, não é por causa de nenhum gajo. Essas montanhas russas emocionais, a mim, normalmente, dão origem a borboletas no estômago, que me tiram o apetite e facilitam bastante a coisa. O meu turbilhão de emoções é outro e, em principio,  esta sexta-feira acalma.
Para ajudar, fazer dieta é algo que por si só, gera muita ansiedade e quando passamos o tempo a incumpri-la ininterruptamente, gera-se uma ansiedade quase impossível de gerir.
Por isso, está decidido, até sexta, vou mandar esta treta às urtigas. Até lá, nem tudo está perdido. Um quilinho já está perdido e a rotina de esquecer o elevador, comer a frutinha entre refeições e a sopinha ao jantar (se for em casa) manter-se-à.
E agora? Quem é que alinha num bom  Big Mac, com muita batatinha frita e uma mega Coca-Cola?

terça-feira, 13 de abril de 2010

Vou dar o salto


De cada vez que oiço a nova música do Abrunhosa, O Rei do Bairro Alto, no refrão, onde o senhor canta:

Vou dar o salto,
Vou ser o Rei do Bairro Alto!
Vou dar o salto,
Vou ser o Rei do Bairro Alto!

Aquilo que eu oiço é:

Vou dar o salto,
Vou dar o tralho no meio do palco!
Vou dar o salto,
Vou dar o tralho no meio do palco!






 

Nada de nada


Hoje não há novidades, não há aventuras, nem sentimentos assim muito profundos de que sou vitimizada tantas vezes.
Nem a ida à dentista deu azo a grandes conversas ou aventuras. Uns dentinhos para arranjar, os cisos para arrancar, tudo muito muito normalzito. E se há coisa com que não lido bem é com isso do normalzito...
Bom, bom era chegar aqui hoje e ter mil e uma historias para contar, mas nem inventar consigo, que o tempo e raio do trabalho não me permitem. E só por isso, tou triste, Mas só um bocadinho, um bocadinho assim de nada, se fosse à seria, estavam aí a palpitar posts cheios de pensamentos profundos...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Segredos desvendados


Hoje é dia de dentista. Ou seja, é dia de medo, muito medo.
Não tenho medo da dor, nem da parafernália de estranhos objectos que nos metem dentro da boca. 3 anos de aparelho serviram para desmistificar isso tudo.
O que me deixa em pânico é mesmo ter alguém a olhar para dentro da minha boca.
Sinto-me nua, despida. Como se o senhor fosse vidente e adivinhasse todos os segredos.
Olhasse para o meu molar e pensasse "hmmm esta menina, há dois meses, foi para os campos e chegada às tantas da madrugada, esquivou-se a imprescindível tarefa higiénica"; olhasse para o meu canino e pensasse, há duas semanas, passou 3 dias seguidinhos a ignorar o fio dental"; olhasse para os incisivos e visse que há 3 dias atrás comi uns 10 flocos de neve que vinham com a conta do restaurante.
Só por aí, o Sr. Dr. vê logo muito mais... que às vezes sou preguiçosa, desorganizada e muito pouco dada a rotinas e assim, ao ver estes meu ricos dentinhos, percebe todos os meus defeitos e grande parte da minha vida.
Medo, muito medo!

Ainda a dieta


- Assim como se utiliza a expressão "diário de..." para algo que se faz diariamente, devia existir uma expressão para algo que se faça apenas de 2 em 2 dias (numa visão muito optimista da coisa), só para facilitar o titulo do meu post;
- Puta que pariu aqueles que fazem as ementas nos restaurantes. Por que raio antes do peixe cozido com legumes, vêm milhares de deliciosos pratos cheios de molhanga?;
- Eu e o meu rabo temos os mesmos gostos, com a diferença que o dito, depois de um bife cheio de molhanga e batatas fritas se recusa a largá-lo. Ali fica, a acumular, todas as deliciosas coisas que ingiro. Não devove nem à lei da bala, nem com ameaças de corridas de 10 kms! Egoísta!;
- Sinto-me com muito mais força para a fruta, a sopa e todas as desemchabidas coisas a que a dieta obriga, depois de uma boa tablete de chocolate;
- Só me apetece dar beijinhos à minha balança. Mesmo com as facadazinhas (para ser simpática) que dou, ela é uma querida e vai retirando, dia após dia, umas gramitas ao meu peso... Poucas, mas retira.

domingo, 11 de abril de 2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Crónica - The Big Brother is watching you


Não há nada que qualquer ser humano menos goste que a vida alheia. E, não, não me venham com tangas, que não são só os portugueses. É o mundo inteiro. Também não é coisa dos Estados Unidos, origem do programa que dá origem ao nome nome desta crónica. É assim em França, Inglaterra, até na China, onde nem sequer tempo têm para esfregar um olho.


Duas pessoas que se reencontram depois de uma vida, não é de si que falam, não senhor. Não contam as últimas férias, a casa comprada, nem o ultimo emprego. Falam dos outros. “O António, lembraste-te do António? Separou-se, vê lá tu. E a Maria? Lembras-te? Aquela que se sentava sempre na carteira da frente, tão estudiosa, tão organizada, tão aprumadinha. Desempegada, vejam só.”

Há aqueles mais timidos ou mais politicamente correctos que dizem que não, não querem saber da vida alheia. Nem se preocupam com o que os outros dizem, não senhor. Não querem saber da vida dos outros, nem que ninguem saiba da sua.

Ninguém via o Big Brother, esse reality show, onde mais não viamos que 12 marmanjos fechados numa casa sem nada que fazer. Os que viam, invocavam motivos sociologos e psicologicos. “Só vejo aquilo, porque me interessa o efeito de estar isolado do mundo e pardais ao ninho”. E as audiencias? Como se justificam? Mais uma vez, não me venham com tangas, o que nós queriamos era ver quem andava com quem, o pontapé do Marco, as galinhas do Zé Maria e a Sónia a contar que o orgasmo é como um iogurte ou outro lacticinio qualquer.

Também só esta imensa curiosidade pela vida alheia justifica as redes sociais. Os facebook, os twiiter e os hi5 desta vida. Este ultimo já em declinio, mas só porque os outros passaram a expor mais da sua propria vida, nas outras. Que justificação sociologica existe para este fenomeno das redes sociais? Eu só vejo uma. Aquilo que eu vejo quando entro numa, são fotografias, frases escritas pelos outros, amigos e desamigos, até amores e desamores. Sim, porque há pessoas que gostam de por “numa relação com Fulano e beltrano” e meses depois, às vezes poucos, lá aparece que Zé Miguel está outra vez solteiro. Até o Linked in, que se diz profissional, serve para pouco menos. Mesmo que haja recursos humanos de uma qualquer empresa a olhar para aquilo, que encontram ali? As pessoas com quem nos relacionamos e pouco mais. O percurso profissional, também lá está, mas não me venham com tangas. Abram a página desta rede e atentem no que tem mais relevo.

O grande interesse destas redes é o mesmo. Ver, observar, dissecar e maldizer a vida alheia.

E o que mais interessa ao ser humano, aquilo a que está mais atento, não é a vida cor-de-rosa do vizinho do lado. É a desgraça alheia. É o, às vezes, pequeno pormenor, que os faz pensar “Afinal este gajo não tem uma galinha assim tão melhor que a minha. Afinal a dele até é coxa, ou magra, ou nem para uma canjinha para a gripe dava”. A mulher engana-o, o trabalho desmotiva-o ou a filha é uma rebelde que só ouve os Tokyo Hotel. Nada como a minha Catia Vanessa que toca piano e fala francês.

Aquilo que o ser humano mais procura e aquilo com que mais se entretém é a vida alheia e a sua desgraça.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um dia vou...


...caminhar ao longo desta praia.
Hoje é o dia!
E será ao som desta música.

Um grande bem haja à McDonalds


Se não fossem estas instrucções, ainda hoje não sabia onde "mergulhar" a palhinha!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A moda do post sobre comentários pegou

Estimado Bravo-que-pediu-para-dormir-no-meu-sofá,

Em nome do mesmo, do sofá, agradeço o interesse demonstrado. Mesmo sendo o melhor sofá do mundo, como se pode constatar na foto, a verdade é que o dito passa dias sem sentir qualquer tipo de calor humano. Qualquer sofá que se preze, ressente-se deste tipo de situação e o meu, pobrezito, não é excepção.
Ainda assim, este sofá é muito criterioso, acredita que mais vale sozinho que mal acompanhado, pelo que exige requisitos muito especificos e exigentes para aceitar tal pedido. Até a mim, me aceita, às vezes, com certa relutancia, não vá eu estragar a sua bonita camurça.
Este sofá acredita, também, que devemos confiar no blogger, tal como nos animais. Dizem que se um animal não gosta de uma pessoa, lhe rosna, ladra ou afasta, deve-se desconfiar dessa pessoa e confiar no seu instinto. O sofá ao verificar que o blogger, de forma involuntaria à nossa vontade, minha e do meu lindo sofá, não publicou o comentário com o respectivo pedido, sente-se muito apreensivo para iniciar, sequer, a sua minuciosa análise a tamanho pedido.
Posto isto, entendemos, eu e o sofá, que só depois de provas merecedoras de tamanho previlegio, lhe poderemos responder.
Agradecemos a sua compreensão.


Ao Bravo que por aí anda


Eu até te deixava dormir no meu sofá... O blogger é que pareceu não gostar da ideia e censurou o teu comentário.
E o blogger é que manda!

Agora não que dói a barriga

Todos temos os nossos momentos de fraqueza. Em que nos sentimos sem força para sobreviver e muito menos conquistar. Momentos em que não vemos a luz ao fundo túnel e que apetece desistir, nem se sabe bem do quê...
Nesse assunto, não posso mesmo criticar, julgar ou o que seja, também tenho os meus maus momentos e se lermos bem o blogue facilmente se depreende que a semana passada não foi fantástica.

O que me custa muito perceber, são aqueles que se queixam porque olham para os do lado... Porque os outros têm sempre a vida mais facilitada que nós e, já se sabe, a galinha da vizinha é sempre melhor que a nossa.

Aquilo que não suporto mesmo são os que se queixam, mas não fazem absolutamente nada para mudar. Ah e tal, eu não sou uma pessoa acomodada, mas agora não posso mudar nada porque tenho a unha do pé encravada. Gostava de fazer outra coisa, mas agora dói-me a cabeça. Gostava de ter outra casa, mas isto está mal, e eu demasiado cansado para procurar. Gostava de ter um carro novo, mas agora não posso, porque estoirei o cartão de crédito em futilidades que não me faziam falta nenhuma mas fazem muita vista.

Não sou, nem serei acomodado, mas gostava mesmo mesmo que tudo caísse do céu, papinha pronta e feita.

Eu não me posso queixar. sempre pertenci à classe media alta e, por isso, nunca me faltou nada. Os papás pagaram-me a faculdade, o primeiro carro (que tinha a minha idade, mas para mim era o ultimo dos Ferraris), davam-me uma boa mesada e muito conforto. Nunca me faltou nada. Mas nem por isso deixei de ter as minhas dificuldades. Ou pelo menos, sonhos, mais ou menos dificeis de conquistar. E nunca desisti. Sempre delineei planos, tentei ter muita paciência e hoje posso dizer que já não dependo dos papás e tenho muita coisa boa e forças para conquistar ainda mais.

Se eu não me posso queixar, muitos podem. E eu conheço alguns. Conheço pessoas que se esforçaram muitissimo para tirar um curso, tiraram muito fotocopia e muito café, para conseguirem um bom posto de trabalho, aturaram problemas familiares capazes de desconcentrar qualquer actividade académica, profissional e pessoal e mesmo assim, lutaram e conseguiram.

Depois conheço aqueles que vem com merdas, dizer que a vida não lhes dá oportunidades, ou que não têm pais ricos, ou que compraram casa ou sei lá que mais e por isso, coitadinhos, já não podem melhorar a sua vida. Esses, meus amigos, não percebo. E não consigo ter espaço no meu ombro para eles. Desculpem-me a frieza...